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20 de jul. de 2010

ABDUÇÃO DE TIAGO MACHADO -1969

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Vários moradores no Bairro Pinheiro, da cidade paulista de Pirassununga, assistiram, no dia 5 de fevereiro de 1969, às 7h30m, a um espetáculo impar e emocionante: Um objeto luminoso desceu do céu, a uns 600 metros de distancia, no mato. Quem viu a luz primeiro foi Dna. Maria dos Santos:
"- Ele fazia movimentos de subida e descida, a pouco mais de meio metro acima do chão".
Tiago Machado, 19 anos, vizinho de Dna. Maria pensou que fosse um pára-quedas azul, luminoso, "de um brilho total". Os outros disseram que era um disco voador. E, talvez com receio, ninguém quis acompanhar Tiago na busca ao objeto. Este se muniu de um binóculo a tiracolo e seguiu, mato adentro, sempre guiado pelos gritos dos observadores distantes que, de onde estavam, tinham melhor visão.
Já bem adiante, Tiago resolveu pedir ajuda ao seu amigo Francisco Henser, que morava por ali, dentro do terreno do Instituto Zootécnico. Seguiram os dois pelo mato, um pela parte baixa, outro pela parte de cima.


FRENTE A FRENTE COM O DISCO
Em virtude de a vegetação ser espessa e alta, Tiago só viu o objeto quando já estava a apenas 10 metros de distancia, mesmo assim, só percebeu uma estrutura arredondada, metálica, com 1,5 metro de altura, pousado num tripé. Afastando ramos, procurou melhor posição e ficou observando. Quase imediatamente, abriu-se uma portinhola no aparelho e por ela saíram, flutuando, dois tripulantes, um de cada vez, baixando suavemente até o solo. Porém dentro da nave, ele distinguiu mais do observando-o através de uma espécie de pára-brisa.
Eram homens pequenos. Teriam 1,5m de altura. Usavam roupa colante, aluminizada, que cobria todo o corpo, dos pés à cabeça. Na altura do rosto havia um visor transparente. O rosto tinha pele lisa, amarelada, com uma cicatriz em cada bochecha. O olho esquerdo ficava em nível mais alto do que o direito. Lábios finos, nariz achatado, olhos amarelo-escuro, sem pupila e sem esclerótica. Duas rugas paralelas acima dos olhos sem cílios nem pálpebras. O queixo dava a impressão de "estar fugindo para trás...”,
Os dois tripulantes deram 3 passos à frente e o garoto deu um, ficando, assim, a uns 8 metros, frente a frente, quando entabularam "conversação". Eles emitiram sons graves, guturais e roucos, que pareciam sair de uma "tromba" que se movimentava na parte inferior da "máscara" de cada um, ao falar.
Quando Tiago perguntou-lhes, em português, como teriam chegado ali, um deles fez gestos de movimentos rotativos com as palmas das mãos apostas, formando um círculo com os dois braços que, em seguida levantou e abaixou virias vezes. Nesse momento, o rapaz tirou um cigarro do maço que estava no bolso da camisa e o acendeu, o que foi observado com grande atenção pelos quatro seres, que se entreolharam e trocaram algumas palavras quando Tiago tirou as primeiras baforadas. Então, o jovem mais calmo, pegou o maço que ainda continha 14 cigarros, e o jogou para eles. Um deles, sem desviar os olhos do garoto, apanhou-o, inclinando-se com alguma dificuldade. Quando a mão que o homenzinho estendeu chegou a uns 10 centímetros do maço, este se elevou sozinho e aderiu a ela. Em seguida o tripulante encostou a mão com os cigarros ao próprio corpo e, como num passe de mágica, o maço desapareceu. Os dois pigmeus riram, mostrando seus dentes enegrecidos e "diferentes", pois os inferiores se encaixavam em falhas nos superiores e vive-versa.

ALARMADOS
Depois do episódio dos cigarros, os dois, mais confiantes, adiantaram um passo, o mesmo fazendo Tiago, que pensou que eles queriam convidá-lo para uma viagem no disco voador. Assim, para deixar um comprovante, o jovem tirou o binóculo que trazia e tiracolo, colocando-o no chão. Alarmados, os pilotos recuaram 4 passos. Vendo isso, Tiago recolocou o binóculo no pescoço, após o que os dois se aproximaram novamente.
Procurando fazer-se entender, os cosmonautas falaram e gesticularam cerca de 15 minutos,até que ouvindo o grito de Francisco chamando pelo nosso amigo, recuaram lentamente, sempre de costas para o Disco. Deram um pulinho, elevaram-se no ar e entraram na cosmonave, um depois do outro. O último, com o busto ainda do lado de fora, apontou um instrumento na direção do jovem e lançou uma chama azul, que o atingiu na coxa direita, onde sentiu logo um "formigamento", seguido de endurecimento de todo o corpo. Ainda pode ver a janelinha fechar-se e a nave ergue-se uns 2 metros do solo, silenciosamente, seguindo para o "lado do Morais". Foi então que caiu e perdeu os sentidos. Ao recuperar a consciência, uma hora depois da Santa Casa, ainda sentia um pouco de dor na coxa, mas disse que estava bem ao médico que o foi atender. Este, segundo declaração de Tiago, não o examinou, apenas olhou-o, dispensando-o imediatamente.
No local da aterrissagem, a vegetação estava amassada num circulo de quatro metros de diâmetro e, dentro desta área, 3 buracos, correspondendo às conchas nas quais se apoiavam as pernas do tripé.
Tiago nesse dia ingeriu de 3 a 4 litros de água e dormiu muito. Nos primeiros dias seguintes ainda tomou água em abundância.

TESTEMUNHOS ADICIONAIS
O MEDICO - O Dr. Henrique Reis, em entrevista que concedeu a SBEDV no dia 19 de maio de 1973, declarou, por sua vez, que, no mesmo dia da ocorrência, examinou Tiago Machado, dos pés a cabeça, na Santa Casa, durante uma hora, não encontrando nada de objetivo na perna ou no corpo. Achou normais o pulso, a pressão e a respiração. Notou apenas que o rapaz estava com o corpo todo duro e piscava muito, o que interpretou como pitiatismo (designação genérica das manifestações histéricas devidas a sugestão e suscetíveis de desaparecer pela contra-sugestão ou persuasão). Acrescentou ainda que, a posteriori, acha realmente que teria havido algum episodio com Tiago ligado a discos voadores, mas acha também que o jovem se comportara como vedete, embora admita ser o histerismo muito mais raro no homem do que no sexo feminino.
A VIZINHA - A Sra. Maria dos Santos, vizinha de Dna. Maria Machado Metzler, mãe de Tiago (mora na Travessa nº 9 da Rua Alzira Silveira Pinheiro, nº 299) também tem a sua história para contar.
Naquele dia 6 de fevereiro, às 8h30, estava "aprontando" seu filho para ir à escola, olhando para fora, viu, no mato do Instituto Zootécnico de Indústria e Pecuária, do outro lado do vale do bairro Pinheiro, um objeto muito reluzente, no formato de uma bacia emborcada, subindo e descendo, numa altura de 2 a 3 metros do chão alguns minutos. Viu quando Tiago entrou no IZIP á procura do objeto.
Uns 30 ou 40 minutos depois, chegou um menino, correndo, esbaforido, para dizer à mãe do rapaz que ele estava morrendo lá no mato. Dna. Maria dos Santos e outra vizinha, Ana Maria Creonice, acompanharam a Sra. Maria Machado mato a dentro, seguindo o garoto, e lá adiante encontrara Tiago caído ao chão, de olhos abertos, mas "todo abobalhado", pálido, suando copiosamente e repetindo sem parar:
- Água, água, água...
Não se agüentando em pé, foi arrastado pelas três senhoras para a casa mais próxima, do Sr. Francisco Hanse. Como ele começou a balbuciar palavras referentes a ferimento na coxa, Dna. Maria do Santos rasgou suas calças na perna direita onde constatou um vergão esbranquiçado, como se fosse produzido por uma chibatada.
Avisada a Policia, esta mandou dois elementos que levaram o jovem para a Santa Casa.
Ali - disse D. Maria - o Dr.Henrique Reis, que deveria examinar o acidentado, vendo as roupas rasgadas de Tiago, teve uma impressão errônea e o mandou embora.
Às 17 horas daquele dia, o pessoal da Escola de Aperfeiçoamento de Aeronáutica, sediada na Base de Pirassununga, chegou à casa de Dna. Maria Metzler, fazendo perguntas e desenhos de acordo com as indicações da própria vitima. Saíram logo depois e voltaram, por volta das 18 horas, com o Dr. Henrique do Reis que, sozinho no quarto com Tiago, submeteu-o a exame. Note que esses não eram simples militares, e sim membros do SIOANI, um órgão que na época a FAB possuia para investigação de OVNIs.
Dna. Maria Santos acrescentou que, tanto ela como outras duas vizinhas que acudiram o rapaz passaram 3 dias consecutivos sem se alimentarem, bebendo água apenas, nervosas e com insônia.


Nota: Resumo da pesquisa realizada pela SBEDV, Nigel Rimes, W. Wirz, ja publicada nos Boletim SBEDV.

 

11 de jul. de 2010

CASUÍSTICA - ABDUÇÃO DE TRAVIS WALTON - 1975

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Considerado um clássico da ufologia mundial, o Caso Travis Walton reproduz as principais características comuns das abduções alienígenas.

Por volta das 18:00 horas da tarde, do dia 05 de novembro de 1975, uma caminhonete de cabine dupla do Serviço Florestal voltava da Floresta Nacional Sitgraves, Arizona, (Estados Unidos), levando sete lenhadores: Michael Rogers, Ken Peterson, Travis Walton, Allen Dallis, John Goulete, Duane Smith e Stephen Pierce. Todos eles tinham menos de trinta anos e voltavam para casa depois de um longo dia de trabalho.

Travis Walton, na época com apenas 22 anos, reparou uma luminosidade amarelada por trás de uns pinheiros, do lado direito do caminhonete, e comentou com os companheiros. A caminhonete seguia sua rota normal, mas, ao chegar em uma clareira, viram um enorme disco de uns cinco metros de diâmetro que estava flutuando a cerca de seis metros de altura.

Chocado, Travis pediu que parassem a caminhonete e, imediatamente, saiu do veículo. Acreditando que ao se aproximar o objeto se afastaria, Travis Walton começou a caminhar em direção do OVNI. O disco começou a emitir um ruído alto e movimentar-se lentamente. O motorista da caminhonete, Mike Rogers, tomado pelo pânico, gritou para que Travis voltasse, mas ele estava absorvido na contemplação daquele objeto que, agora, já estava bem acima de sua cabeça. Subitamente, o OVNI emitiu um feixe de luz verde-azulado que atingiu em cheio o peito de Travis, jogando-o para trás. Ao cair, Travis Walton estava desmaiado.

Todas os outros trabalhadores que estavam na caminhonete ficaram em pânico e Mike, o motorista, imediatamente deu partida no veículo e se afastou, deixando para trás Travis caído próximo ao UFO. A alguma distância do local, quando todos comprovaram que o objeto não lhes perseguia, pararam a caminhonete e discutiram nervosamente se deveriam ou não voltar para socorrer Travis. Finalmente chegaram a algum entendimento e voltaram para o local, porém nem Travis e nem o UFO estavam mais lá.

Os seis trabalhadores decidiram ir então à delegacia de Navajo Country, que era o posto policial mais próximo. Foram atendidos pelo tenente Chuck Allison que, após ouvir toda a história, decidiu ir até o local dos fatos, às 21:30 horas daquele mesmo dia, levando junto mais três testemunhas para investigar. Não encontraram absolutamente nada. No dia seguinte, os seis trabalhadores passaram a ser suspeitos de assassinato. Ninguém acreditava na história contada por eles e a polícia passou a considerar a hipótese de que eles tinham matado Travis Walton e escondido o corpo. Depois inventaram a história do "disco voador" para justificar o sumiço de Travis.

Durante os três dias seguintes, foi realizada uma super operação "pente-fino" na floresta em busca do corpo de Travis Walton. Essa operação foi composta por um pouco mais de uma centena de homens, vários cães e um helicóptero – no entanto não obtiveram qualquer êxito. Durante toda essa operação de procura pelo corpo de Travis Walton, os investigadores responsáveis pelo caso ficaram surpreendidos ao ver que os seis lenhadores não hesitaram em passar pelo detector de mentiras.

Durante o teste do detector de mentiras, foram tomadas todas as medidas para não dar vazão a qualquer possibilidade de dúvida. Entre as medidas estava a presença de C. Gibson, especialista em poligrafia. E para surpreender mais ainda as autoridades responsáveis pelo caso, todos eles passaram pelo detector sem que fosse detectada uma única mentira sequer. A partir daí, somando com o fato de não se ter encontrado o corpo ou qualquer vestígio do mesmo, a história dos lenhadores passou a ser levada a sério por toda a comunidade.

Seis dias depois do desaparecimento de Travis , no dia 11 de novembro, seu irmão recebe uma ligação telefônica na qual reconhece, imediatamente, que era o próprio Travis do outro lado da linha. Travis pede para que venham buscá-lo e é encontrado no chão de uma cabine telefônica, no posto de gasolina de Heber – cerca de 80 quilômetros de distância de Snowflake. Travis apresentava visíveis sinais de esgotamento e desidratação, tinha náuseas e estava completamente desorientado. Mas o mais surpreendente de tudo é que Travis Walton não acreditava que tinha sumido por vários dias. Para ele tinham se passados algumas poucas horas apenas desde que foi atingido pelo UFO.

Imediatamente, a família de Travis Walton o levou para um hospital. O doutor Howard Kandell certificou que Travis estava bem, mas tinha perdido um pouco de peso devido à desidratação. A única coisa estranha encontrada em Travis era uma marca no seu braço esquerdo, claramente produzida por uma agulha ou um outro instrumento pungente. As análises de sangue comprovaram que Travis Walton não era usuário de drogas – coisa que a própria família dele garantiu para o médico.

O passo seguinte das investigações foi submeter Travis Walton a uma sessão hipnótica para averiguar o que tinha acontecido realmente. Neste processo, os doutores Harder e Rosenbaum (presidente da Associação Psicanalítica do Sudeste) ficaram no controle da sessão hipnótica, além da presença de mais três médicos que assistiram tudo na qualidade de supervisores. Em transe hipnótico, Travis Walton relembrou de vários momentos de sua abdução.

Quando foi atingido pelo feixe de luz do disco, tudo escureceu. Mas quando abriu os olhos, estava numa espécie de mesa num quarto fortemente iluminado. Inicialmente ele pensou que estava em um hospital mas, quando olhou para os lados, viu seres horripilantes, de um metro e meio de altura e com grandes olhos negros. Suas faces não tinham cor e suas testas eram inchadas. Seus longos dedos não tinham unhas. Travis Walton os comparou com "fetos muito desenvolvidos".

Aquelas criaturas tinham colocado um aparelho sobre seu tórax que lhe causava uma dor persistente e o impedia de respirar normalmente. Travis entrou em pânico imediatamente e, se debatendo, conseguiu tirar o aparelho de seu peito. Também tentou afastar os alienígenas com empurrões, no entanto, as criaturas continuavam tentando dominá-lo. Somente quando Travis pegou um tubo transparente na mão, que estava numa mesa ao lado, e ameaçou agredir as criaturas, os seres se afastaram e saíram da sala marchando por uma porta. Travis não teve dúvidas: optou por ir embora dali por uma outra porta que existia na sala.

Travis Walton chegou então num corredor e começou a caminhar. Viu outra porta e entrou. Era uma sala onde havia um sofá com vários botões nos braços. Na frente do sofá havia uma tela enorme, quase do tamanho da parede, e que tinha uma imagem típica do espaço: fundo negro com muitas estrelas. Ao apertar os botões no braço do sofá, as estrelas da imagem na tela se mexiam. Nesse exato momento entrou um ser humanóide idêntico a nós que, através de sinais, indicou que Travis devia acompanhá-lo. Travis se levantou do sofá e tentou falar com a criatura, que usava um capacete transparente, mas não obteve qualquer resposta – o ser apenas sorria de forma tolerante.

Sem opção e desconcertado, Travis Walton acompanhou aquele ser. Eles saíram do UFO, por uma rampa, e Travis viu que estavam em um hangar onde havia várias naves iguais a que eles estavam.A próxima lembrança de Travis Walton é ele acordando caído na estrada perto de Heber. Ele olhou para cima e viu uma nave se afastando – inusitadamente não parecia ser a mesma nave que lhe teria abduzido.

Tal qual foi feito com os outros lenhadores, Travis passou pelo detector de mentiras sem que fosse detectada qualquer fraude em seu relato. Infelizmente, hoje Travis Walton se recusa a fazer outras sessões de hipnose regressiva para tentar resgatar o que poderia estar perdido em sua memória. Ele alega ter medo de saber mais detalhes da experiência traumática que passou. O Caso Travis Walton foi amplamente divulgado e causou grande comoção na comunidade ufológica.


Fonte1) http://www.infa.com.br/travis_walton.html
2) http://www.travis-walton.com/

Moradores de MG viram 'bola de fogo' no céu

PM afirma que recebeu diversas chamadas de emergência. Assessoria da FAB informa que não foi registrada queda de avião.
Unidades da Polícia Militar em várias cidades do norte de Minas Gerais receberam, na tarde de quinta-feira (30), ligações de moradores assustados, relatando terem visto "bolas de fogo" caindo do céu.

Uma moradora do município de Januária (MG) diz que viu algo caindo do céu e um rastro de fumaça que seguia o objeto. Moradores de Bonito de Minas (MG) e de Pedras de Maria da Cruz (MG) também afirmam terem visto algo diferente no céu e tiraram fotos.

Um policial e um guarda municipal de Pedras de Maria da Cruz viram um objeto incandescente e tiraram fotos do rastro de fumaça deixado no céu. A polícia investiga o ocorrido.

Segundo a assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira (FAB), o Serviço de Busca e Salvamento Aéreo de Brasília, reponsável por monitorar também o norte de Minas Gerais, garantiu que não houve nenhuma queda de avião na região.

Fonte
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UMA NOVA TERRA

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A descoberta de um planeta semelhante ao nosso representa um salto espetacular da ciência na busca pela vida extraterrestre

Há milhares de anos o homem olha para o céu na tentativa de entender melhor a si próprio e ao planeta que o abriga. Questões cruciais da cosmologia já foram respondidas, desde as que dizem respeito ao Sol e seus planetas até as que lidam com os grandes movimentos do universo. Uma pergunta, justamente a que mais atiça a curiosidade humana, permanece sem resposta: estamos sós no universo? E, se houver outras formas de vida em outros planetas, elas serão inteligentes? Em sendo inteligentes, serão capazes de se comunicar com outros mundos através de sinais eletromagnéticos? A descoberta de um planeta semelhante à Terra fora do sistema solar, o GL 581c, revelada na semana passada, é o maior passo já dado até hoje pela humanidade na busca de vida extraterrestre. Os chamados planetas extra-solares, aqueles encontrados fora da nossa vizinhança cósmica, o sistema solar, eram todos insatisfatórios, com ambientes inadequados para o surgimento e a reprodução da vida como a conhecemos. A maioria deles são imensas esferas de gases venenosos submetidas a forças gravitacionais colossais. Nada muito animador para quem procura um berço propício à vida. A descoberta da semana passada muda tudo. Na última década, mais de 200 planetas foram identificados fora do sistema solar – o GL 581c é o primeiro que pode ser considerado um irmão da Terra.

O novo planeta fica na constelação de Libra e reúne muitas das condições ideais que na Terra permitiram o nascimento de seres vivos e sua espetacular especiação, a criação de espécies diferentes, entre elas essa que procura planetas no universo. O grupo de cientistas europeus responsável pela descoberta sustenta que, pelo tamanho e pela massa do planeta, é grande a possibilidade de que ele abrigue água em estado líquido. As temperaturas em sua superfície devem variar entre 0 e 40 graus – nada muito drástico quando se sabe que na Terra elas variam de 88 graus negativos no inverno dos pólos a até 58 graus positivos nos desertos equatoriais. Em tamanho, o GL 581c é uma espécie de "Superterra", com uma cintura 50% maior que a do terceiro planeta do sistema solar, a frágil bola azul que habitamos. A Superterra da constelação de Libra é aquecida por uma fornalha estelar já bastante velha em termos cósmicos, uma estrela do tipo anã vermelha batizada de Gliese 581. O que Gliese tem de velha tem também de confiável e previsível. Ela emite a mesma quantidade de calor e luz há bilhões de anos e deve manter-se imutável pelo menos nos próximos 5 bilhões de anos. Em comparação com outros quadrantes convulsionados do universo onde também já foram encontrados planetas, pode-se dizer que o espaço onde está o GL 581c é uma aprazível vizinhança. Embora seja muito mais maciço, o novo planeta tem força de gravidade compatível com a estrutura óssea e muscular do ser humano. Se algum dia uma mulher ou um homem caminhar na superfície do GL 581c, ela ou ele vai se locomover com um pouco mais de dificuldade, como se carregasse uma mochila cheia de pedras, por exemplo.

O fato de o recém-descoberto planeta ser parecido com a Terra abre a possibilidade de ele um dia ser uma alternativa de abrigo para a espécie humana? Por enquanto, essa é uma possibilidade teórica. O GL 581c está situado a 20,5 anos-luz da Terra. Para se ter uma idéia mais precisa do que isso significa, é útil comparar com o nosso Sol. A luz solar leva apenas oito minutos para chegar à Terra. Para atingir o novo planeta e usá-lo como tábua de salvação, uma nave terrestre viajando na velocidade da luz levaria duas décadas até o destino. As naves terrestres conseguem atingir hoje apenas ínfimas frações da velocidade da luz. O veículo espacial mais rápido já construído, a New Horizons, da Nasa, que atualmente se dirige a Plutão, levaria 400.000 anos para alcançar o GL 581c. "O grande desafio do homem na conquista do espaço, hoje, é conseguir desenvolver equipamentos mais velozes", diz o astrofísico carioca Eduardo Janot Pacheco, representante brasileiro na missão do satélite de pesquisas francês Corot, lançado há quatro meses.

Colisão das galáxias Antennae, registrada pelo Hubble:
o choque deve gerar bilhões de novas estrelas e,
provavelmente, muitos planetas parecidos com a Terra


Os desbravadores sempre enfrentaram dificuldades técnicas, e nem por isso o homem deixou de conquistar o Novo Mundo, a Lua, e de mandar artefatos para todos os cantos do sistema solar. "Uma das razões pelas quais somos tão bem-sucedidos como espécie é essa inquietação para descobrir o que há além do que estamos habituados a ver", disse a VEJA o astrônomo Andy Cheng, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, e um dos pesquisadores envolvidos no Projeto New Horizons. O certo é que já estão em estudo tecnologias capazes de impulsionar naves a velocidades próximas à da luz. São motores experimentais desenhados dentro de especificações que seguem as mais sólidas teorias científicas. Mesmo que não se descubra nenhuma outra forma de energia impulsora no futuro próximo, esses motores, sejam eles nucleares, sejam quânticos, serão fortes o bastante para levar a bandeira da humanidade a pontos nunca visitados da galáxia.

A energia confiável e estável fornecida por Gliese e a própria estrutura do novo planeta – em especial a possibilidade de ele abrigar reservatórios de água líquida – são compatíveis com as condições onde a vida surgiu e se propagou na Terra. Existiria vida no GL 581c? Nenhum astrofísico arrisca-se a responder a essa pergunta com segurança. O maior avanço trazido pela descoberta do novo planeta, no entanto, independe dessa resposta. Seu valor é estatístico. Pouco tempo atrás nenhum cientista sério acreditava que pudessem existir outros sistemas solares estáveis o suficiente para ter planetas sólidos a sua volta. Para confirmar essa teoria, registre-se que até meados dos anos 80 nenhum telescópio ou outro instrumento ou método de detecção conseguira confirmar sinais da existência de planetas fora do sistema solar. Com o refinamento das técnicas de detecção baseadas em medições de ligeiras variações das órbitas das estrelas, os sinais dos planetas foram surgindo. A conta já chega a 210 planetas. A família cresce a cada ano.

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostra que três em cada dez cientistas acreditam que possa existir vida em outros planetas. No topo do panteão dos otimistas e incentivadores da busca por ETs figura Carl Sagan (1934-1996). Dizia ele: "A química que criou a vida na Terra é reproduzida facilmente por todo o cosmo. Parece improvável que sejamos os únicos seres inteligentes. É possível, mas improvável". Eis uma questão desafiadora. Embora se aceite que a vida na Terra tenha surgido espontaneamente da interação durante bilhões de anos de moléculas cada vez mais complexas, nenhum laboratório do mundo conseguiu até hoje criar vida reproduzindo as condições dessa "sopa primordial". Mas, fora da hipótese teológica, no campo limitado ao método científico, a "sopa primordial" é a melhor aposta racional para explicar o surgimento da vida. Pelo mesmo raciocínio, e dando-se crédito a Carl Sagan, não ofende a razão a hipótese de que o mesmo processo químico tenha resultado na criação de formas primitivas de vida em outros planetas.

Infelizmente, para a aventura intelectual humana e para a frustração do desejo inato de encontrar seres inteligentes em outros planetas, essa busca ainda não saiu do ponto zero. A complexidade de produzir vida inteligente é incomensuravelmente maior do que a de gerar bactérias e outras formas primitivas de vida. Quem melhor descreveu essa complexidade foi um dos maiores neodarwinistas de todos os tempos, o americano nascido na Alemanha Ernst Mayr, morto aos 100 anos, em 2005. Mayr mostrou que o crescimento em tamanho e complexidade do cérebro humano é um evento tão insólito – e misterioso – que dificilmente pode ser explicado pela evolução apenas. "O desenvolvimento do cérebro humano é uma mutação que não necessariamente trouxe vantagens evolutivas à espécie. Foi uma aposta que deu certo até agora, mas nada indica que continuará dando", dizia Mayr. O célebre cientista gostava de lembrar que o cérebro humano é muito frágil, protegido por um crânio não muito espesso, além de consumir um quinto de toda a energia disponível no organismo, proporção que nenhum outro ser vivo se deu ao luxo de gastar com apenas um órgão. Para enfatizar ainda mais a complexidade da trajetória evolutiva rumo à civilização, Mayr lembrava que de todos os 50 bilhões de espécies que existem ou já existiram no planeta apenas uma, a humana, desenvolveu um cérebro capaz de aprender. Conclui Ernst Mayr: "Quando se coloca na equação a variável de que os homens só desenvolvem cultura quando vivem em sociedades humanas e, antes, são cuidados por mães e pais até o fim da puberdade, a complexidade dos processos de produção de uma civilização tecnológica atinge um grau tal que talvez não possa ser repetido em nenhum outro lugar". Mais uma razão para olharmos para o cosmo com espanto e para a nossa única Terra com mais humildade e carinho.

Fonte: Revista Veja
Com reportagem de Rosana Zakabi, Leoleli Camargo e Daniel Salles
http://veja.abril.com.br/020507/p_080.shtml