Um dos poucos cientistas trabalhando com a questão ufológica há décadas afirma que já não é mais possível esconder a verdade sobre os discos voadores e que os governos têm as evidências de que o Fenômeno UFO é real e tem origem extraterrestre
BRUCE MACCABEE |
O entrevistado desta edição da Revista UFO é uma lenda viva da Ufologia Mundial. Trata-se de Bruce Maccabee, um dos maiores analistas de imagens de UFOs do planeta e um dos ufólogos mais respeitados de todos os tempos. Mestre e doutor em física pela Universidade Norte-Americana em Washington, nasceu em 06 de maio de 1942, em Rutland, no pequeno estado de Vermont. Sua carreira profissional começou logo cedo, em 1972, no Laboratório Naval em White Oak, em Maryland, e cresceu vertiginosamente ao longo das décadas seguintes. Em 2008, quando se aposentou do serviço governamental, havia acumulado inúmeras funções, Bcom destaque para o processamento de dados óticos e trabalhos com raio laser. Maccabee foi participante ativo do programa Guerra nas Estrelas [Strategic Defense Initiative, SDI], idealizado pelo ex-presidente Ronald Reagan, e atuou no desenvolvimento de mísseis balísticos para o Departamento de Defesa dos EUA — ambos à base de potentes lasers.
De Arnold às Luzes de Phoenix
Pianista por hobby, Maccabee viu a Ufologia entrar em sua vida no final dos anos 60, quando ingressou no Comitê Nacional de Investigações de Fenômenos Aéreos [National Investigations Committee On Aerial Phenomena, NICAP], nele permanecendo até o encerramento das atividades da entidade, em 1982. O entrevistado explica que sua atuação no órgão consistia em investigações de campo de casos ufológicos com um grupo altamente ativo de ufólogos — trabalho que serviu de alicerce para suas pesquisas seguintes. Em 1975, Maccabee se tornou membro da Rede Mútua de Pesquisas de UFOs [Mutual UFO Network, MUFON] e logo em seguida foi nomeado diretor da entidade em Maryland, cargo que ocupa até hoje. Já em 1979 foi um dos fundadores do Fundo para Pesquisa Ufológica [Fund for UFO Research, FUFOR], entidade que apoia projetos na área, na qual permaneceu como diretor por 13 anos. Para ele, o apoio do FUFOR deveria ser estendido a muitos ufólogos, “pois é necessário oferecer suporte financeiro à Ufologia, uma vez que ela não é uma carreira e o ufólogo não é um profissional remunerado”. Isso embora “muitas pessoas idôneas vivam dela, ganhando seu dinheiro honestamente”, completa.
O que mais me instigou a estudar o avistamento de Kenneth Arnold, apesar de ser anterior ao seu ingresso na Ufologia, foi o fato de os céticos insistirem em explicá-lo de forma ridícula. Suas ‘explicações’ eram tão sofríveis que quis mostrar de forma definitiva que os artefatos avistados tinham origem extraordinária e não eram desse planeta.
Bruce Maccabee pesquisou dezenas de casos ufológicos, alguns deles os mais famosos da literatura Dentre seus trabalhos estão, por exemplo, a investigação da perseguição de um caça iraniano a um UFO sobre Teerã, em 1976, as fotos de UFOs tiradas pelos astronautas da Gemini 11, em 1966, e o Caso das Luzes de Phoenix, em 1997 — o qual, aliás, ele foi o primeiro a afirmar ser falso, causando grande polêmica [Veja edição UFO 135]. Maccabee também fez estudos até mesmo do avistamento de Kenneth Arnold sobre as Montanhas Rochosas, em 1947, que deu início à Era Moderna dos Discos Voadores — apesar de ser anterior ao seu ingresso na Ufologia, pois foi o episódio que o fez surgir para o mundo. O que mais o instigou a estudar o avistamento de Arnold foi o fato de os céticos insistirem em explicá-lo de forma ridícula, ora alegando que os UFOs observados eram patos em voo, ora que eram formações de gelo suspenso e até mesmo de outros aviões. “Tais ‘explicações’ eram tão sofríveis que quis mostrar de forma definitiva que os artefatos avistados tinham origem extraordinária e não eram desse planeta”.
Outro caso muito conhecido pesquisado por Maccabee foi o das famosas fotos tiradas por Paul Trent em McMinnville, no estado de Oregon, em 1950. As imagens do UFO, consideradas até hoje como as mais claras já obtidas, ainda são combatidas por muitos céticos. Mas, através de análises detalhadas e coerentes, Bruce Maccabee derrubou, um por um, todos os questionamentos feitos pelos críticos e provou serem imagens reais de um veículo voador de origem não terrestre. Ele conheceu Trent pessoalmente, entrando em contato com ele 26 vezes — e assevera que, mesmo após mais de 20 anos do episódio, ele manteve seu relato inalterado.
crédito: lynne kitei
Maccabee foi um dos primeiros a declarar que os objetos do Caso das Luzes de Phoenix, investigado por Lynne Kitei, não eram UFOs
Também dentro do currículo de investigações de Bruce Maccabee está um dos mais fantásticos casos de encontro entre pilotos e UFOs, um evento ocorrido em dezembro de 1986 sobre o Alasca, conhecido como o Caso JAL 1628. No episódio, a tripulação de um avião cargueiro da Japan Airlines primeiramente avistou três objetos seguindo o Boeing e, logo depois, surgir uma gigantesca nave-mãe [Veja box]. Maccabee considera esse um evento especial por três razões. Primeiro porque o comandante da aeronave era muito experiente. Segundo porque a torre de controle de Anchorage, no Alasca, também registrou os objetos nos radares. E terceiro porque a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos realizou uma investigação sigilosa para determinar a origem dos artefatos, mas não conseguiu explicação convencional para o avistamento. “Juntamente com o caso de UFOs filmados por uma equipe de TV australiana sobre a Nova Zelândia, em 1978, o incidente do avião japonês é um dos mais impressionantes de toda a história da Ufologia”.
Enorme nave em forma de pião
Para o especialista em análises de imagens, no entanto, o melhor de todos os casos que pesquisou é o das fotos e filmagens de UFOs feitas em Gulf Breeze, na Flórida, particularmente as obtidas por Ed Walters — consideradas por muitos ufólogos como fraudulentas. Com firmeza, Maccabee tem sido um dos únicos estudiosos a manter a defesa de Walters, pois está convencido de que, apesar de haver fraudes em torno do caso, as imagens não podem ser descartadas. A história de Ed Walters começou quando ele e sua mulher notaram um brilho estranho sobre um pinheiro do jardim de sua casa. Ao saírem para verificar, se assustaram quando viram uma enorme nave em forma de pião, com escotilhas e um anel reluzente na parte inferior. Walters apanhou uma câmera Polaroide e tirou quatro fotos — posteriormente, os avistamentos seriam tão abundantes na pequena localidade que ele pôde tirar outras dezenas de fotos dos UFOs.
Maccabee explica que, na verdade, não se tratou de um único caso, mas de vários, todos envolvendo avistamentos feitos por muitas testemunhas além de Walters. “Eu duvidava da veracidade dos acontecimentos justamente por causa do grande número de fotos obtidas, coisa muito incomum. Mas me chamou a atenção o fato de, mesmo muito criticados pelos ufólogos, os avistamentos continuarem a ocorrer”, disse. Relatos, fotos e evidências diversas eram coletados quase que imediatamente após os acontecimentos, permitindo grande agilidade na pesquisa. Walters foi o primeiro a tirar uma fotografia estéreo com uma câmera selada, dada a ele pela equipe da MUFON. Ele registrou vários tipos de UFOs a diferentes distâncias e em variadas condições climáticas. Após análises, Bruce Maccabee concluiu que a principal testemunha do caso Gulf Breeze falava a verdade. “Não havia, na época, qualquer literatura que ensinasse como falsificar fotos feitas com equipamentos estéreos”.
Mas não foi apenas com excelentes análises de imagens que Bruce Maccabee contribuiu para o crescimento da Ufologia Mundial. Ele também realizou um trabalho meticuloso e pioneiro de exame de documentos ufológicos do FBI, os quais denominou “os verdadeiros Arquivos-X”, além de obter e estudar muitos outros documentos da CIA, da Força Aérea e do Exército norte-americanos. Hoje o doutor Maccabee contabiliza em sua carreira mais de 30 artigos técnicos e cerca de 100 textos ufológicos publicados em revistas sobre o assunto em seus 30 anos de pesquisa. Entre seus trabalhos mais importantes estão novas avaliações das estatísticas e resultados encontrados pelo Instituto Memorial Battelle sobre 3.200 casos ufológicos investigados pela Força Aérea, nos anos 50, e pelo Comitê Condon, em 1969 — o famoso o Relatório Especial 14, um documento repleto de mentiras oficiais sobre a presença alienígena na Terra. Como resultado de sua investigação, Maccabee publicou, entre outros, os livros UFOs Are Real... and Here is the Proof [UFOs São Reais... E Aqui Estão as Provas, Avon, 1997] e The UFO FBI Connection: The Secret History of The Government’s Cover Up [A Conexão UFO FBI: A História Secreta do Acobertamento Governamental, Llewellyn Publications, 2000]. Vamos à entrevista.
O senhor entrou para o NICAP nos anos 60 e deixou a organização após 20 anos. Como foi a experiência de participar de um dos mais ativos grupos ufológicos de todos os tempos? Ingressei na NICAP quando ainda fazia meu doutorado em física na Universidade Norte-Americana em Washington, no final da década de 60. Como membro da entidade eu tive a sorte de investigar vários relatos de UFOs na área onde estudava, em Maryland e no nordeste de Virgínia, no início dos anos 70 — todos locais de muita incidência ufológica naquela época. Embora já tivesse lido vários livros sobre UFOs até então, as investigações daquelas ocorrências faziam tudo aquilo se tornar real para mim. Muitos dos avistamentos não puderam ser explicados, e foi isso o que aguçou ainda mais a minha curiosidade e me fez entrar de cabeça na pesquisa ufológica. Foi graças à minha associação com a NICAP que tive a oportunidade também de investigar um famoso caso ocorrido na Nova Zelândia, em dezembro de 1978. Mas, corrigindo, eu não deixei a NICAP, e sim ela fechou suas portas no início dos anos 80.
O senhor entrou para o NICAP nos anos 60 e deixou a organização após 20 anos. Como foi a experiência de participar de um dos mais ativos grupos ufológicos de todos os tempos? Ingressei na NICAP quando ainda fazia meu doutorado em física na Universidade Norte-Americana em Washington, no final da década de 60. Como membro da entidade eu tive a sorte de investigar vários relatos de UFOs na área onde estudava, em Maryland e no nordeste de Virgínia, no início dos anos 70 — todos locais de muita incidência ufológica naquela época. Embora já tivesse lido vários livros sobre UFOs até então, as investigações daquelas ocorrências faziam tudo aquilo se tornar real para mim. Muitos dos avistamentos não puderam ser explicados, e foi isso o que aguçou ainda mais a minha curiosidade e me fez entrar de cabeça na pesquisa ufológica. Foi graças à minha associação com a NICAP que tive a oportunidade também de investigar um famoso caso ocorrido na Nova Zelândia, em dezembro de 1978. Mas, corrigindo, eu não deixei a NICAP, e sim ela fechou suas portas no início dos anos 80.
crédito: fotocat
O entrevistado confirmou a autenticidade das fotos obtidas por Paul Trent em McMinnville, Oregon, que foram duramente atacadas
Mas hoje ainda temos um site da NICAP no ar [www.nicap.org]. Ela está ativa? Não nos moldes de antigamente. Hoje o que temos na entidade, e na Ufologia em geral, são pessoas que denomino de “ufonets”, que realizam pesquisas — se é que podemos dizer que aquilo é pesquisa — apenas através da internet. Elas buscam informações na rede através de contatos com outros pesquisadores ou até mesmo com supostas testemunhas, mas investigação de campo, aquilo de ir pessoalmente aos locais e falar com as pessoas, isso não é mais realizado pela NICAP. No entanto, a experiência que tive naqueles anos foi muito importante para que eu me tornasse ufólogo.
No passado tivemos importantes e atuantes organizações ufológicas, tais como a própria NICAP, a MUFON, a APRO e até mesmo a Sociedade Brasileira de Estudos dos Discos Voadores (SBEDV), que se notabilizaram por seus resultados. Mas hoje elas estão reduzidas a pequenos grupos. Como o senhor vê essa situação? Penso que as organizações de pesquisa ainda são importantes, mas talvez não tão necessárias quanto antes. Elas têm que ter entre seus membros pessoas treinadas para realizar investigações de campo, consultores experientes para avaliar os resultados e, se possível, publicações próprias para divulgar suas pesquisas — e apenas algumas têm isso. A maioria dos ufólogos trabalha sozinho, usando a internet para buscar informações. Mas sem a investigação de campo, o trabalho perde muito de sua qualidade.
Então, isso é o que mais falta hoje: a investigação de campo, a busca por vestígios, entrevistar testemunhas etc? Sim, a internet é uma ferramenta de trabalho muito importante, mas é também fonte de muito lixo e desinformação. Ela deve ser um instrumento auxiliar, mas de modo algum pode substituir a investigação de campo, que tem que ser realizada.
“Já temos provas suficientes”
Talvez essa seja também a causa do maior questionamento da comunidade acadêmica e de grupos céticos, que alegam que a Ufologia não tem evidências dos UFOs. Eles perguntam: se os alienígenas estão nos visitando, onde estão as provas? Como autor de UFOs Are Real... and Here is the Proof [UFOs São Reais... E Aqui Estão as Provas], diga-nos onde estão elas? Como Edward Ruppelt, oficial da Força Aérea Norte-Americana (USAF) que chefiou o Projeto Grudge e depois o Blue Book, perguntou em seu livro Report On Unidentified Flying Objects [Relatório Sobre Objetos Voadores Não Identificados, Bantam Books, 1956]: o que, afinal, constitui uma prova? Quantos mais avistamentos, fotografias e filmagens de UFOs serão necessários para convencer os céticos? Quantas novas detecções dessas naves em radares serão suficientes para que alguém chegue à conclusão de que alguma coisa está ocorrendo em nossos céus, algo que envolve uma tecnologia avançada não criada pelo ser humano? Para mim, já temos provas suficientes há tempos.
No passado tivemos importantes e atuantes organizações ufológicas, tais como a própria NICAP, a MUFON, a APRO e até mesmo a Sociedade Brasileira de Estudos dos Discos Voadores (SBEDV), que se notabilizaram por seus resultados. Mas hoje elas estão reduzidas a pequenos grupos. Como o senhor vê essa situação? Penso que as organizações de pesquisa ainda são importantes, mas talvez não tão necessárias quanto antes. Elas têm que ter entre seus membros pessoas treinadas para realizar investigações de campo, consultores experientes para avaliar os resultados e, se possível, publicações próprias para divulgar suas pesquisas — e apenas algumas têm isso. A maioria dos ufólogos trabalha sozinho, usando a internet para buscar informações. Mas sem a investigação de campo, o trabalho perde muito de sua qualidade.
Então, isso é o que mais falta hoje: a investigação de campo, a busca por vestígios, entrevistar testemunhas etc? Sim, a internet é uma ferramenta de trabalho muito importante, mas é também fonte de muito lixo e desinformação. Ela deve ser um instrumento auxiliar, mas de modo algum pode substituir a investigação de campo, que tem que ser realizada.
“Já temos provas suficientes”
Talvez essa seja também a causa do maior questionamento da comunidade acadêmica e de grupos céticos, que alegam que a Ufologia não tem evidências dos UFOs. Eles perguntam: se os alienígenas estão nos visitando, onde estão as provas? Como autor de UFOs Are Real... and Here is the Proof [UFOs São Reais... E Aqui Estão as Provas], diga-nos onde estão elas? Como Edward Ruppelt, oficial da Força Aérea Norte-Americana (USAF) que chefiou o Projeto Grudge e depois o Blue Book, perguntou em seu livro Report On Unidentified Flying Objects [Relatório Sobre Objetos Voadores Não Identificados, Bantam Books, 1956]: o que, afinal, constitui uma prova? Quantos mais avistamentos, fotografias e filmagens de UFOs serão necessários para convencer os céticos? Quantas novas detecções dessas naves em radares serão suficientes para que alguém chegue à conclusão de que alguma coisa está ocorrendo em nossos céus, algo que envolve uma tecnologia avançada não criada pelo ser humano? Para mim, já temos provas suficientes há tempos.
Quantos mais avistamentos, fotografias e filmagens de UFOs serão necessários para convencer os céticos? Quantas novas detecções dessas naves em radares serão suficientes para que alguém chegue à conclusão de que alguma coisa está ocorrendo em nossos céus, algo que envolve uma tecnologia avançada não criada pelo ser humano? Infelizmente, ainda há céticos que aceitam apenas evidências que possam tocar, como se o parafuso de algum UFO estivesse à disposição.
Os céticos não aceitam fotos, filmagens e detecções como provas definitivas, mas cometem erro ainda maior ao ignorarem os relatos de pilotos treinados e de operadores de radares, que detalham ocorrências fantásticas... Todas essas situações são provas suficientes para mim e para muitas outras pessoas que veem a presença alienígena na Terra como algo concreto. Mas, infelizmente, ainda há céticos que aceitam apenas evidências que possam tocar, como se parafusos de algum UFO estivessem à disposição, ou que possam cheirar. Para eles não servem os relatos de pessoas, nem mesmo as mais conceituadas e treinadas. Infelizmente.
O senhor pesquisou dezenas de casos, alguns dos mais conhecidos da Ufologia Mundial, mas diz que o mais importante de todos foi o das fotos de Paul Trent, em McMinnville, feitas em 11 de maio de 1950. Sobre elas, entretanto, o cético Philip Klass afirmou até morrer que eram falsas. O que diz a respeito? O argumento de Klass contra o caso é que as primeiras matérias publicadas sobre ele nos jornais saíram bem diferentes entre si. Segundo o cético, os textos informavam que Trent tinha visto o UFO sozinho, mas que depois ele afirmara tê-lo visto ao lado de sua esposa. E presumiu que, por causa disso e outros detalhes conflitantes, criados pelos jornais da época, o caso era falso. Klass afirmou em seu livro UFOs Explained [UFOs Explicados, Vintage Books, 1973] que as diferenças entre os relatos ocorreram porque foram inventadas. Eu rebati isso simplesmente dizendo que não se faz pesquisa de um caso baseado no que é publicado em jornais. Básico, não?
E como Philip Klass reagiu? Ele não questionou a minha resposta. Em vez disso, mudou o foco de sua contestação, passando a atacar outras testemunhas citadas pela senhora Trent, com a intenção de acusá-la de inventar que elas existissem — eram duas mulheres e eu as entrevistei para incrementar minha investigação. Confesso que nem me preocupei com Klass, pois sua argumentação era ridícula. Mas o que ele não mencionou em seu livro foram as minhas respostas aos seus questionamentos sobre as fotos, que dei baseado em análises minuciosas que realizei com elas, e encerrei o assunto.
Quais foram os principais argumentos utilizados por Philip Klass e outros céticos para tentarem desmoralizar fotografias tão nítidas e bem analisadas? Klass afirmou que as fotos foram tiradas de manhã e não no começo da noite, como Paul Trent disse e devido à posição das sombras nelas. Trent sempre sustentou que fez as fotografias às 19h30, mas Klass disse, sem o menor bom senso, que naquela hora os fazendeiros da localidade onde ele morava já estariam em casa para o jantar, e não na rua fotografando UFOs! Eu provei, física e cientificamente, que era possível as fotos terem sido tiradas ao entardecer — o que ocorreu às 19h30 naquele dia, segundo o relatório meteorológico do aeroporto de McMinnville, diferentemente do que afirmara Philip Klass. Outra argumentação dele foi de que as sombras na parede da casa nas fotos mostravam que foram tiradas com uma diferença muito grande de tempo, o que é mentira. As sombras são perfeitamente compatíveis com o tempo descrito por Trent para fotografar o artefato.
O senhor pesquisou dezenas de casos, alguns dos mais conhecidos da Ufologia Mundial, mas diz que o mais importante de todos foi o das fotos de Paul Trent, em McMinnville, feitas em 11 de maio de 1950. Sobre elas, entretanto, o cético Philip Klass afirmou até morrer que eram falsas. O que diz a respeito? O argumento de Klass contra o caso é que as primeiras matérias publicadas sobre ele nos jornais saíram bem diferentes entre si. Segundo o cético, os textos informavam que Trent tinha visto o UFO sozinho, mas que depois ele afirmara tê-lo visto ao lado de sua esposa. E presumiu que, por causa disso e outros detalhes conflitantes, criados pelos jornais da época, o caso era falso. Klass afirmou em seu livro UFOs Explained [UFOs Explicados, Vintage Books, 1973] que as diferenças entre os relatos ocorreram porque foram inventadas. Eu rebati isso simplesmente dizendo que não se faz pesquisa de um caso baseado no que é publicado em jornais. Básico, não?
E como Philip Klass reagiu? Ele não questionou a minha resposta. Em vez disso, mudou o foco de sua contestação, passando a atacar outras testemunhas citadas pela senhora Trent, com a intenção de acusá-la de inventar que elas existissem — eram duas mulheres e eu as entrevistei para incrementar minha investigação. Confesso que nem me preocupei com Klass, pois sua argumentação era ridícula. Mas o que ele não mencionou em seu livro foram as minhas respostas aos seus questionamentos sobre as fotos, que dei baseado em análises minuciosas que realizei com elas, e encerrei o assunto.
Quais foram os principais argumentos utilizados por Philip Klass e outros céticos para tentarem desmoralizar fotografias tão nítidas e bem analisadas? Klass afirmou que as fotos foram tiradas de manhã e não no começo da noite, como Paul Trent disse e devido à posição das sombras nelas. Trent sempre sustentou que fez as fotografias às 19h30, mas Klass disse, sem o menor bom senso, que naquela hora os fazendeiros da localidade onde ele morava já estariam em casa para o jantar, e não na rua fotografando UFOs! Eu provei, física e cientificamente, que era possível as fotos terem sido tiradas ao entardecer — o que ocorreu às 19h30 naquele dia, segundo o relatório meteorológico do aeroporto de McMinnville, diferentemente do que afirmara Philip Klass. Outra argumentação dele foi de que as sombras na parede da casa nas fotos mostravam que foram tiradas com uma diferença muito grande de tempo, o que é mentira. As sombras são perfeitamente compatíveis com o tempo descrito por Trent para fotografar o artefato.
Verdadeira onda ufológica
Além do Caso McMinnville há outro acontecimento de grande importância e controverso que o senhor pesquisou — e do qual faz uma rígida defesa. Refiro-me aos eventos de Gulf Breeze, na Flórida, que, para a maioria da Comunidade Ufológica Mundial, não passaram de uma grande farsa. O senhor ainda crê na veracidade desse caso? Sim, estou convencido de que os avistamentos e fotos de Ed Walters são verdadeiros. O Caso Gulf Breeze envolveu dezenas e talvez centenas de pessoas, além de Walters e sua família, que são as testemunhas mais desacreditadas e atacadas. Esse é um fato que os céticos esquecem. Muitas pessoas viram estranhas luzes na localidade naquela época, e nem todas as fotos publicadas foram tiradas por Walters, mas por muito mais gente — é que as deles chegaram ao público e muitas outras, não. As atividades ufológicas em Gulf Breeze começaram em novembro de 1987 e duraram até 1992, e podem ser divididas em duas partes. Uma delas é a que chamo de “Fase Ed Walters”, que vai de novembro de 1987 até julho de 1988, período em que foi obtida a maioria das fotos conhecidas, especialmente na primavera de 1988, quando outras dezenas de testemunhas viram as mesmas coisas. E a segunda fase é a que chamo de “Era dos Avistamentos Gerais”, de 1990 a 1992.
crédito: CEFORA
Maccabee considera que nada substitui a investigação de campo na pesquisa ufológica
Por causa de sua fama como hotspot de UFOs, Gulf Breeze se tornou a Meca da Ufologia Mundial naqueles tempos, para onde muitos iam. Isso mesmo, sem exagero. As redes de TV enviavam equipes diariamente para filmar as aparições e quase sempre conseguiam alguma imagem. Por uns bons dois anos, se você ficasse na cidade por no mínimo duas semanas, veria algum UFO.
Mas nem o senhor acreditou em toda aquela agitação logo no início? Não mesmo! Devido ao grande número de fotos de UFOs que surgiam nos jornais, vindas de Gulf Breeze, eu e muitos outros colegas achávamos que tudo era uma grande fraude. Eu tinha visto umas cinco fotos quando comecei minha investigação, mas acabei ficando impressionado quando vi chegarem muitas mais, cada uma mais inexplicável do que a outra. Estive na casa de Ed Walters e passamos um dia inteiro conversando. No dia seguinte, pegamos sua caminhonete e máquina fotográfica e fomos até a estrada onde ele afirmava ter feito suas fotos mais famosas, e analisei o local para ver como se poderia fraudar uma imagem ali — pensava que poderia ter sido uma dupla exposição ou algo assim. Então usei a própria câmera Polaroide de Walters e realmente consegui uma dupla exposição no local. Criei a imagem de uma luz sobre sua casa e mostrei a ele, que me disse, desconcertado, não ter explicações para ela.
O senhor achou que tinha descoberto uma fraude na história de Ed Walters? Sim, ou que ele era um grande ator e se fez de bobo ao não reconhecer que a imagem que lhe mostrei era uma dupla exposição. Mas quando apresentei a ele a imagem que criei, ele achou que fosse real e começou a olhar para o céu e dizer: “Caramba, eles apareceram de novo”. Ele acreditou na foto que eu forjei — se Walters fosse ator, ganharia um Oscar. Após meses de investigação, cheguei à conclusão de que ele realmente não sabia como eu tinha feito aquela imagem, ou seja, com uma simples técnica de dupla exposição.
E qual foi seu próximo passo na investigação do Caso Gulf Breeze? Bem, na época Walters já tinha tirado umas 20 fotos com sua velha Polaroide, mas dezenas de relatos de avistamentos também ocorreram no decorrer daqueles anos. Em um simpósio da MUFON, em 1988, tive a ideia de sugerir que a entidade desse a ele uma câmera nova, selada e à prova de manipulação, para que fizesse novas fotos. A câmera era da marca Nimslo e tinha características que não explicamos a ele. O que chamava a atenção no caso foi que, ao contrário da maioria dos fraudadores, que não aceitam fazer qualquer tipo de experimento para provar a legitimidade de suas fotos, Walters aceitava fazer todo tipo de testes. Duas semanas depois de ter recebido a câmera, ele e sua esposa viram algo no céu e tiraram 10 fotos com a Nimslo. Nós então abrimos a câmera, tiramos e revelamos o filme na frente de muitos ufólogos e da imprensa, e elas mostravam estranhas luzes, que, segundo Walters, se moviam no céu e ficaram atrás de algumas árvores — estavam ali, registradas em filme por uma câmera inviolável.
Mas nem o senhor acreditou em toda aquela agitação logo no início? Não mesmo! Devido ao grande número de fotos de UFOs que surgiam nos jornais, vindas de Gulf Breeze, eu e muitos outros colegas achávamos que tudo era uma grande fraude. Eu tinha visto umas cinco fotos quando comecei minha investigação, mas acabei ficando impressionado quando vi chegarem muitas mais, cada uma mais inexplicável do que a outra. Estive na casa de Ed Walters e passamos um dia inteiro conversando. No dia seguinte, pegamos sua caminhonete e máquina fotográfica e fomos até a estrada onde ele afirmava ter feito suas fotos mais famosas, e analisei o local para ver como se poderia fraudar uma imagem ali — pensava que poderia ter sido uma dupla exposição ou algo assim. Então usei a própria câmera Polaroide de Walters e realmente consegui uma dupla exposição no local. Criei a imagem de uma luz sobre sua casa e mostrei a ele, que me disse, desconcertado, não ter explicações para ela.
O senhor achou que tinha descoberto uma fraude na história de Ed Walters? Sim, ou que ele era um grande ator e se fez de bobo ao não reconhecer que a imagem que lhe mostrei era uma dupla exposição. Mas quando apresentei a ele a imagem que criei, ele achou que fosse real e começou a olhar para o céu e dizer: “Caramba, eles apareceram de novo”. Ele acreditou na foto que eu forjei — se Walters fosse ator, ganharia um Oscar. Após meses de investigação, cheguei à conclusão de que ele realmente não sabia como eu tinha feito aquela imagem, ou seja, com uma simples técnica de dupla exposição.
E qual foi seu próximo passo na investigação do Caso Gulf Breeze? Bem, na época Walters já tinha tirado umas 20 fotos com sua velha Polaroide, mas dezenas de relatos de avistamentos também ocorreram no decorrer daqueles anos. Em um simpósio da MUFON, em 1988, tive a ideia de sugerir que a entidade desse a ele uma câmera nova, selada e à prova de manipulação, para que fizesse novas fotos. A câmera era da marca Nimslo e tinha características que não explicamos a ele. O que chamava a atenção no caso foi que, ao contrário da maioria dos fraudadores, que não aceitam fazer qualquer tipo de experimento para provar a legitimidade de suas fotos, Walters aceitava fazer todo tipo de testes. Duas semanas depois de ter recebido a câmera, ele e sua esposa viram algo no céu e tiraram 10 fotos com a Nimslo. Nós então abrimos a câmera, tiramos e revelamos o filme na frente de muitos ufólogos e da imprensa, e elas mostravam estranhas luzes, que, segundo Walters, se moviam no céu e ficaram atrás de algumas árvores — estavam ali, registradas em filme por uma câmera inviolável.
Sinais de fraude em Gulf Breeze
E como era o objeto registrado pela câmera selada? Após duas semanas de análises e cálculos, descobrimos que o artefato tinha 10 m de diâmetro e estava a 12 m de distância da câmera. Ed Walters me mostrou onde estava quando tirou as fotos, e de lá se via uma árvore a uns 12 m de distância, por trás da qual o UFO surgiu — a árvore também aparece nas fotos. Mas esse UFO não era como os que ele havia fotografado antes, mas diferente e com uma disposição única de luzes. O objeto que ele registrou antes tinha partes retangulares escuras ao redor, que Walters achava que fossem janelas, e esse
aparelho tinha uma luz no topo.
As autoridades sempre levaram o assunto UFO a sério, mas nunca admitiram isso. Ao mesmo tempo, há uma aceitação crescente do tema por parte da população. Veja que hoje existem vários programas e documentários sobre Ufologia sendo exibidos em canais por assinatura, como o The History Channel — que praticamente toda semana tem um episódio novo. Há 10 anos isso era completamente impensável.
Ed Walters também obteve filmagens de UFOs em Gulf Breeze? Elas foram igualmente analisadas pelo senhor? Sim, ele filmou vários avistamentos, sendo um dos mais espetaculares o que ocorreu em 21 de junho de 1995. Nesse vídeo, um objeto aparece sobre um campo movendo-se da esquerda para a direita, para depois mudar de direção. Analisando a filmagem, estimamos sua velocidade em cerca 220 km/h e seu tamanho em 8 m de comprimento por 3 m de largura. O registro é muito importante porque
o artefato faz sombra nas árvores.
o artefato faz sombra nas árvores.
Mas há um problema quanto à participação de Walters no registro de objetos voadores não identificados naquela localidade, que é o fato de terem encontrado maquetes idênticas ao artefato fotografado por ele em sua propriedade? Isso não é um sinal claro de fraude? Não é e explico por quê. De fato, encontraram esses modelos no sótão de Walters, e ele ficou perplexo. O problema é que estavam no sótão de sua casa antiga, e foram encontrados lá seis meses depois de ele ter se mudado da residência, em dezembro de 1998. O imóvel ficou à venda e aberto para exposição, e as maquetes foram “plantadas” lá de propósito, para desacreditar o caso. Veja que Walters foi visitado por dois militares da Força Aérea na época dos acontecimentos, que o teriam pressionado a se calar. “Como algumas pessoas simplesmente se negam a aceitar a existência dos discos voadores, fica fácil para elas me chamarem de charlatão”, desabafou ele para mim certa vez.
Mudando um pouco de assunto, o senhor acredita que a opinião pública e o governo levam os avistamentos ufológicos a sério? Bem, as autoridades sempre levaram o assunto a sério, mas nunca admitiram isso. Já quanto à população, há uma aceitação crescente do tema. Veja que hoje existem vários programas e documentários sobre Ufologia sendo exibidos em canais por assinatura, como o The History Channel — que praticamente toda semana tem um episódio novo. Há 10 anos isso era impensável, pois nenhuma emissora manteria programas voltados para esse assunto se não houvesse muito interesse. Lembre-se também de que são realizadas anualmente várias pesquisas de opinião pública para avaliar se as pessoas acreditam que estamos sendo visitados por extraterrestres — e os resultados são de que a maioria da sociedade acredita que sim.
crédito: FBI files
Nem mesmo Hoover, ex-diretor do FBI, teve acesso aos UFOs acidentados em Roswell
Quando questionados, os governos afirmam não ter qualquer informação sobre UFOs. Mas quando documentos são liberados por força de instrumentos legais — como a Lei de Liberdade de Informação (FOIA), por exemplo —, fica comprovado que têm e até que seus militares reconhecem sua origem extraterrestre. O que o senhor acha dessa política? Lamentável. Veja que até o próprio FBI tem documentos, hoje liberados, que mencionam discos voadores. Alguns deles datam do início dos anos 50, ou seja, mais de meio século atrás, e chegaram a ser publicados no livro do capitão Ruppelt, já citado. Então, por que esconder esse fato hoje? Na ocasião, os dirigentes do FBI afirmavam que o órgão não tinha e nem nunca teve qualquer interesse pelo assunto, mas quando recebemos o primeiro pacote de documentos liberados por força da FOIA, em 1977, descobrimos detalhes de investigações ufológicas que o bureau realizava desde 1947.
Era sobre a queda de um UFO em Roswell? Não exatamente. O FBI investigou pessoas que alegavam ter tido avistamentos ufológicos para saber se haviam sido subvertidas por russos. Quem encomendou o serviço foi a Força Aérea. Os burocratas do FBI acreditavam que os soviéticos poderiam usar os avistamentos para colocar na cabeça dos norte-americanos que os artefatos eram deles — e com isso mostrar aos yankees que sua tecnologia era superior.
O FBI sugeriu que os soviéticos queriam levar a fama pela invenção dos discos voadores? Isso mesmo. Mas o órgão não encontrou qualquer evidência dessa suposta subversão, e por isso saiu de cena. Naquela época, o FBI era um buraco negro, isso é, “engolia” todo tipo de rumor. Seus agentes estabeleceram uma conexão com a Força Aérea, que lhes enviava todo tipo de material — inclusive sobre discos voadores. Mas o órgão guardava tudo e recebeu do Congresso ordem para que nunca destruísse tais documentos. Por isso, em 1976, quando requisitei através da FOIA arquivos secretos do órgão, fiquei surpreso ao saber que existiam mais de 1.600 páginas de documentos. Eu sabia que iria encontrar algo, mas não tanto assim...
Era sobre a queda de um UFO em Roswell? Não exatamente. O FBI investigou pessoas que alegavam ter tido avistamentos ufológicos para saber se haviam sido subvertidas por russos. Quem encomendou o serviço foi a Força Aérea. Os burocratas do FBI acreditavam que os soviéticos poderiam usar os avistamentos para colocar na cabeça dos norte-americanos que os artefatos eram deles — e com isso mostrar aos yankees que sua tecnologia era superior.
O FBI sugeriu que os soviéticos queriam levar a fama pela invenção dos discos voadores? Isso mesmo. Mas o órgão não encontrou qualquer evidência dessa suposta subversão, e por isso saiu de cena. Naquela época, o FBI era um buraco negro, isso é, “engolia” todo tipo de rumor. Seus agentes estabeleceram uma conexão com a Força Aérea, que lhes enviava todo tipo de material — inclusive sobre discos voadores. Mas o órgão guardava tudo e recebeu do Congresso ordem para que nunca destruísse tais documentos. Por isso, em 1976, quando requisitei através da FOIA arquivos secretos do órgão, fiquei surpreso ao saber que existiam mais de 1.600 páginas de documentos. Eu sabia que iria encontrar algo, mas não tanto assim...
O próprio FBI tem documentos, hoje liberados, que mencionam discos voadores. Alguns deles datam do início dos anos 50, ou seja, mais de meio século atrás. Então, por que esconder esse fato hoje?
O que senhor encontrou nos arquivos do FBI que mais o impressionou?Encontrei documentos da Força Aérea que nem mesmo ela própria tinha em seus arquivos. Eram pastas que faziam parte do Projeto Blue Book [Livro Azul], altamente reveladoras e que confirmavam o interesse das forças armadas pelo Fenômeno UFO. Por exemplo, encontramos um documento do FBI datado de 1948 dizendo que a Força Aérea e o Exército tratavam o assunto UFO como top secret desde aquela época. É claro que os militares estavam mais preocupados com artefatos avistados sobre áreas de pesquisas secretas, como campos de lançamento de mísseis.
O senhor se refere ao fenômeno das misteriosas esferas luminosas que surgiam sobre áreas de segurança nacional nos anos 40 e 50? Sim, eram bolas de fogo verde e outras coisas vistas sobre zonas restritas. Os militares sabiam que aqueles objetos vigiavam tais instalações, mas amenizavam as coisas em seus documentos. “Tais fenômenos estão ocorrendo, mas não são uma ameaça para a segurança nacional”, consta de um deles. Eles tentaram, a princípio, diminuir a importância da fenomenologia ufológica, como mostro em meu livro UFO FBI Connection — a Força Aérea tinha uma atitude quase paranoica sobre o assunto.
Existe realmente um documento assinado por Edgard Hoover, ex-diretor do FBI, em que ele reclamava que os destroços do UFO acidentado em Roswell tinham sido recolhidos pelos militares e que ele não teve acesso a nada? Sim, existe um memorando de julho de 1947 no qual a Força Aérea solicita que o FBI investigue o caso. Esse pedido veio de um general da inteligência do Pentágono. Hoover respondera que faria a investigação, mas que queria ter acesso total e irrestrito a todos os discos voadores resgatados — o termo foi usado no plural [Veja imagem]. A questão para o FBI era que, se seus técnicos tivessem que afirmar que os discos voadores vinham da União Soviética, eles teriam que analisá-los para provar que eram armas inimigas. A Força Aérea concordou em dar acesso aos agentes do órgão, mas depois de toda a investigação que eles realizaram, nada foi repassado para o bureau.
O senhor se refere ao fenômeno das misteriosas esferas luminosas que surgiam sobre áreas de segurança nacional nos anos 40 e 50? Sim, eram bolas de fogo verde e outras coisas vistas sobre zonas restritas. Os militares sabiam que aqueles objetos vigiavam tais instalações, mas amenizavam as coisas em seus documentos. “Tais fenômenos estão ocorrendo, mas não são uma ameaça para a segurança nacional”, consta de um deles. Eles tentaram, a princípio, diminuir a importância da fenomenologia ufológica, como mostro em meu livro UFO FBI Connection — a Força Aérea tinha uma atitude quase paranoica sobre o assunto.
Existe realmente um documento assinado por Edgard Hoover, ex-diretor do FBI, em que ele reclamava que os destroços do UFO acidentado em Roswell tinham sido recolhidos pelos militares e que ele não teve acesso a nada? Sim, existe um memorando de julho de 1947 no qual a Força Aérea solicita que o FBI investigue o caso. Esse pedido veio de um general da inteligência do Pentágono. Hoover respondera que faria a investigação, mas que queria ter acesso total e irrestrito a todos os discos voadores resgatados — o termo foi usado no plural [Veja imagem]. A questão para o FBI era que, se seus técnicos tivessem que afirmar que os discos voadores vinham da União Soviética, eles teriam que analisá-los para provar que eram armas inimigas. A Força Aérea concordou em dar acesso aos agentes do órgão, mas depois de toda a investigação que eles realizaram, nada foi repassado para o bureau.
crédito: UFO photo archives
Uma das controversas fotos de Ed Walters [Detalhe] feita em Gulf Breeze. Acima, a câmera 3D Nimslo, que faz fotos impossíveis de serem fraudadas
Quando falamos de acobertamento governamental, pensamos em situações em que nem mesmo presidentes dos Estados Unidos conseguiram vencer a política de sigilo, como muitos tentaram. Ou seja, mesmo estando à frente da nação mais poderosa do mundo eles não tiveram êxito em obter dos militares as respostas aos seus questionamentos. Por quê? Quem impede isso? Essa é uma questão muito séria. Eu diria que há um bloqueio por parte de alguma organização governamental secreta ou da própria cúpula de governo, acima do presidente, que o impediria de ter acesso aos fatos. Sabemos que o ex-presidente Jimmy Carter, antes de ser eleito, prometeu liberar tudo o que havia sobre UFOs nos arquivos governamentais — e ele realmente requisitou informações sobre o assunto à NASA. Mas nem ela e nem outras organizações a quem ele se dirigiu admitiram que tivesse qualquer dado sobre a ação na Terra de outras espécies cósmicas — o FBI foi uma das entidades que afirmou não ter nada que pudesse satisfazer o presidente.
Esses órgãos simplesmente mentiram para o presidente dos Estados Unidos? Isso mesmo! NASA, CIA, FBI, Força Aérea etc, todos mentiram para Carter da mesma maneira como mentem para todo o mundo. Não sabemos ao certo o que ele pediu a esses órgãos, mas é certo que ordenou que lhe dessem informações e não foi atendido — isso está nos próprios arquivos do FBI. Jody Powell, que foi o secretário de Imprensa no mandato de Jimmy Carter, foi quem escreveu a carta ao bureau requisitando informação.
Mas como é possível esconder algo do homem mais poderoso do mundo, ainda mais após ordens dadas por ele mesmo? É preciso entender que o governo é uma organização enorme que gasta, só com a área de inteligência, entre 20 e 30 bilhões de dólares por ano. São valores monumentais. As agências que o compõem podem acobertar muita coisa e muitos projetos secretos, até mesmo do presidente [Veja detalhes no DVD Destino Terra 2, código DVD-047 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: www.ufo.com.br].
O que senhor sabe sobre os projetos secretos dos militares norte-americanos? Há muitos deles em andamento, cuja existência é do conhecimento apenas de indivíduos diretamente envolvidos com eles. O Projeto Manhattan, que desenvolveu a bomba atômica nos anos 40, e os programas que geraram modelos de aeronaves durante a Segunda Guerra Mundial são bons exemplos disso. Eles foram mantidos em segredo pelo tempo que os militares quiseram. Quem não acredita que tenham tal poder afirma que uma hora ou outra a verdade aparecerá, mas isso não é verdade — vai depender da natureza do projeto sendo desenvolvido e a quem foi designada a responsabilidade de manter sigilo a seu respeito. O Caso Roswell é um exemplo perfeito: as autoridades tentaram manter segredo sobre ele, mas devido a alguns vazamentos inesperados, formulou-se a política de que o episódio deveria ser conhecido por todos, e é por isso que tantas testemunhas vieram a público. O detalhe é que a tal política previa que as testemunhas também fossem ridicularizadas, para que o efeito de acobertamento fosse atingido.
Esses órgãos simplesmente mentiram para o presidente dos Estados Unidos? Isso mesmo! NASA, CIA, FBI, Força Aérea etc, todos mentiram para Carter da mesma maneira como mentem para todo o mundo. Não sabemos ao certo o que ele pediu a esses órgãos, mas é certo que ordenou que lhe dessem informações e não foi atendido — isso está nos próprios arquivos do FBI. Jody Powell, que foi o secretário de Imprensa no mandato de Jimmy Carter, foi quem escreveu a carta ao bureau requisitando informação.
Mas como é possível esconder algo do homem mais poderoso do mundo, ainda mais após ordens dadas por ele mesmo? É preciso entender que o governo é uma organização enorme que gasta, só com a área de inteligência, entre 20 e 30 bilhões de dólares por ano. São valores monumentais. As agências que o compõem podem acobertar muita coisa e muitos projetos secretos, até mesmo do presidente [Veja detalhes no DVD Destino Terra 2, código DVD-047 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: www.ufo.com.br].
O que senhor sabe sobre os projetos secretos dos militares norte-americanos? Há muitos deles em andamento, cuja existência é do conhecimento apenas de indivíduos diretamente envolvidos com eles. O Projeto Manhattan, que desenvolveu a bomba atômica nos anos 40, e os programas que geraram modelos de aeronaves durante a Segunda Guerra Mundial são bons exemplos disso. Eles foram mantidos em segredo pelo tempo que os militares quiseram. Quem não acredita que tenham tal poder afirma que uma hora ou outra a verdade aparecerá, mas isso não é verdade — vai depender da natureza do projeto sendo desenvolvido e a quem foi designada a responsabilidade de manter sigilo a seu respeito. O Caso Roswell é um exemplo perfeito: as autoridades tentaram manter segredo sobre ele, mas devido a alguns vazamentos inesperados, formulou-se a política de que o episódio deveria ser conhecido por todos, e é por isso que tantas testemunhas vieram a público. O detalhe é que a tal política previa que as testemunhas também fossem ridicularizadas, para que o efeito de acobertamento fosse atingido.
Visitados por diversas raças
Perfeito. Uma das perguntas mais frequentes dos leitores quanto a eles diz respeito ao seu formato. Já registramos vários tipos de objetos, das mais variadas formas. Isso indicaria que estamos sendo visitados por diversas raças? Essa pode ser uma conclusão lógica, mas também é possível que uma mesma raça extraterrestre tenha vários tipos de aparelhos voadores para diferentes fins, assim como nós temos carros de passeio, caminhões, ônibus, tratores etc. Não nego que estejamos sendo visitados por espécies distintas, mas afirmar que diferentes tipos de UFOs evidenciam isso é um equívoco para mim.
Há um bloqueio por parte de alguma organização governamental secreta ou da própria cúpula de governo, acima do presidente, que o impediria de ter acesso aos fatos (...) o governo é uma organização enorme que gasta, só com a área de inteligência, entre 20 e 30 bilhões de dólares por ano. São valores monumentais. As agências que o compõem podem acobertar muita coisa e muitos projetos secretos. Até mesmo do presidente.
Além da questão do formato dos UFOs, já temos catalogados mais de 30 tipos de seres alienígenas. Da mesma forma que na pergunta anterior, isso seria uma indicação de que são várias as raças que visitam a Terra? Sim, é possível. Mas, de novo, a variedade de aspectos físicos observados nos ETs também não é evidência de múltiplas origens. Assim como não podemos afirmar que cada raça tenha um tipo de nave diferente — uma mesma espécie pode usar vários modelos de veículos. Além disso, seres de um mesmo planeta podem ter os mais variados tipos físicos, como aqui na Terra, onde somos todos humanos, mas uns são negros, outros amarelos, brancos, nórdicos etc [Veja detalhes no livro Contatados, código LIV-018 da coleção Biblioteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição].
Perfeito. Entre as centenas de casos ufológicos que o senhor analisou, envolvendo ou não imagens dos objetos voadores não identificados, pode destacar qual considera o mais interessante? Certamente tenho meus casos preferidos de toda a casuística ufológica mundial. E entre eles posso citar o episódio envolvendo o voo 1628 da Japan Airlines (JAL), que ia de Paris para Tóquio em 16 de novembro de 1986 e, sobre o Alasca, encontrou em sua rota uma formação de UFOs [Veja box]. O comandante Kenju Terauchi, o copiloto Takanori Tamefuji e o engenheiro de voo Yoshio Tsukuba avistaram primeiro dois objetos à sua frente, que, de repente, ficaram ao lado do avião, como se o estivessem escoltando. Cada um deles tinha duas fileiras retangulares brilhantes ao redor da fuselagem, como se fossem janelas. Quando se aproximaram da aeronave, a cabine dos pilotos se iluminou e a tripulação podia sentir o calor em seu rosto. Mas quando os dois UFOs desapareceram, surgiu um terceiro, muito maior, em forma de disco.
O que ocorreu ao Boeing da JAL? Houve registro oficial do incidente? Sim. Os pilotos então pediram autorização para mudar de curso, após informarem o que estava ocorrendo ao centro de controle de tráfego aéreo de Anchorage, no Alasca. Os operadores chegaram a solicitar à tripulação de um avião da United Airlines, que estava próximo, que tentasse identificar a aeronave intrusa — mas quando o avião e um caça chegaram ao local, o UFO já havia desaparecido. Esse é um caso tão importante que a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos [Equivalente à brasileira Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC] investigou os acontecimentos, uma vez que houve o registro dos objetos nos radares. Outro caso bastante interessante, no qual também ouve envolvimento da FAA, foi o ocorrido quase 20 anos depois, em novembro de 2006, sobre o Aeroporto O’Hare, em Chicago. Nesse episódio, um UFO foi visto sobrevoando uma área da imensa instalação, uma área de segurança nacional [Veja edição UFO 180, agora disponível na íntegra em www.ufo.com.br].
Perfeito. Entre as centenas de casos ufológicos que o senhor analisou, envolvendo ou não imagens dos objetos voadores não identificados, pode destacar qual considera o mais interessante? Certamente tenho meus casos preferidos de toda a casuística ufológica mundial. E entre eles posso citar o episódio envolvendo o voo 1628 da Japan Airlines (JAL), que ia de Paris para Tóquio em 16 de novembro de 1986 e, sobre o Alasca, encontrou em sua rota uma formação de UFOs [Veja box]. O comandante Kenju Terauchi, o copiloto Takanori Tamefuji e o engenheiro de voo Yoshio Tsukuba avistaram primeiro dois objetos à sua frente, que, de repente, ficaram ao lado do avião, como se o estivessem escoltando. Cada um deles tinha duas fileiras retangulares brilhantes ao redor da fuselagem, como se fossem janelas. Quando se aproximaram da aeronave, a cabine dos pilotos se iluminou e a tripulação podia sentir o calor em seu rosto. Mas quando os dois UFOs desapareceram, surgiu um terceiro, muito maior, em forma de disco.
O que ocorreu ao Boeing da JAL? Houve registro oficial do incidente? Sim. Os pilotos então pediram autorização para mudar de curso, após informarem o que estava ocorrendo ao centro de controle de tráfego aéreo de Anchorage, no Alasca. Os operadores chegaram a solicitar à tripulação de um avião da United Airlines, que estava próximo, que tentasse identificar a aeronave intrusa — mas quando o avião e um caça chegaram ao local, o UFO já havia desaparecido. Esse é um caso tão importante que a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos [Equivalente à brasileira Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC] investigou os acontecimentos, uma vez que houve o registro dos objetos nos radares. Outro caso bastante interessante, no qual também ouve envolvimento da FAA, foi o ocorrido quase 20 anos depois, em novembro de 2006, sobre o Aeroporto O’Hare, em Chicago. Nesse episódio, um UFO foi visto sobrevoando uma área da imensa instalação, uma área de segurança nacional [Veja edição UFO 180, agora disponível na íntegra em www.ufo.com.br].
crédito: ucla
Jimmy Carter
Isso nos faz recordar de outro importante caso investigado pelo senhor, referente ao avistamento de luzes não identificadas na Nova Zelândia, em 30 de dezembro 1978, que foram inclusive registradas por uma equipe de TV. O que pode nos falar sobre o incidente? Bem lembrado! Graças à minha participação na NICAP na época, pude investigar esse caso a fundo, e ele é impressionante. Vários avistamentos estavam sendo relatados nos últimos dias daquele ano na região de Cook Strait, na Nova Zelândia, e uma equipe de TV australiana decolou em uma aeronave para tentar registrar o UFO que estava assustando os moradores. Quando estava sobre o Oceano Pacífico, a nordeste da Ilha do Sul, já em território neozelandês, o piloto observou um estranho objeto no céu. Para confirmar o que estava vendo, entrou em contato com o centro de controle de tráfego aéreo de Wellington, na Nova Zelândia, que confirmou a existência de um artefato próximo do avião.
Caças para interceptar os UFOs
O que ocorreu em seguida? Segundo o repórter Quentin Fogarty, a bordo, o UFO tinha uma linha com cinco luzes muito brilhantes que pulsavam. Para que a equipe de TV pudesse ter uma visão melhor dele, o piloto desligou as luzes de navegação e, para a surpresa de todos, lá estava um enorme objeto luminoso à frente do avião. O câmera David Crockett conseguiu filmar as evoluções daquele aparelho por quase 30 segundos. Mas como estava quase sem combustível, o avião pousou em Christchurch para reabastecer. Por volta das 02h15, já no dia 31, a aeronave decolou para retornar à sua origem, quando surgiram mais dois estranhos objetos à sua frente. Crockett observou um deles pela lente de sua câmera e o descreveu como uma esfera com linhas laterais que girava em torno de seu eixo. A Força Aérea Neozelandesa chegou a colocar em alerta dois caças para interceptar os UFOs.
crédito: ucla
Ronald Reagan
Parece que algo atraiu os objetos para aquele ponto da Nova Zelândia, como alguma coisa também parece ter atraído os UFOs que permaneceram em Gulf Breeze por anos. Isso nos leva a supor que nossos visitantes tenham interesse especial por locais como bases militares e instalações com armas nucleares, como defendem alguns autores. Sim, há muito tempo é conhecida uma relação entre os UFOs e a água, e aí temos os chamados objetos submarinos não identificados (OSNIs) vistos sob rios, lagos e oceanos, ou entrando e saindo deles. Um dos primeiros casos do gênero que investiguei ocorreu em 1945, no Alasca, tendo sido relatado anos depois. Ele envolvia um veículo de transporte de tropas e uma dúzia de militares em atividade em uma ilha. De repente, os homens viram uma grande movimentação sob o oceano — era água jorrando para todos os lados enquanto uma coisa emergia. O objeto ficou alguns segundos sobre o mar, começou a vibrar e disparou em direção ao espaço. Todos os militares ficaram assustados, pensando que se tratasse de uma nova arma japonesa, pois estávamos em plena Segunda Guerra Mundial e não se falava de discos voadores naquela época. Se o episódio tivesse ocorrido dois anos depois, certamente seria considerado um avistamento ufológico.
É curioso, mas parece que o interesse de nossos visitantes muda de acordo com a década. O senhor também acha isso? Sim, parece mesmo. Nos anos 50 tínhamos muitos relatos de UFOs sobre locais onde se desenvolveram bombas atômicas, tais como a Base Aérea de Cannon e o Laboratório Nacional Sandia, no Novo México, como também sobre Fort Hood, no Texas. Já nos anos 60, as estranhas luzes eram registradas sobre bases em que armas nucleares eram guardadas. Nos anos 70, o interesse de nossos visitantes se voltou para locais de lançamentos de foguetes. E nos anos 80 e 90 houve muitas manifestações ufológicas sobre bases secretas e instalações militares em geral. O FBI chegou a ser acionado para investigar alguns casos, pois se pensava que poderiam ser aeronaves espiãs.
Certo. Alguns pesquisadores dizem que os UFOs têm a capacidade de se tornar invisíveis aos olhos humanos. O que o senhor acha disso? Depende do que você considera invisibilidade. Para mim, a verdadeira invisibilidade seria o objeto estar na sua frente, mas você não conseguir vê-lo. Enxergaria tudo atrás dele, mas não ele, como se não existisse. Outro tipo de invisibilidade seria a impossibilidade de sua visão captar algo, como, por exemplo, a aceleração de um artefato. Você vê um objeto no céu que de repente acelera e some totalmente de vista, tornando-se invisível. Note que o olho humano pisca a uma velocidade de 1/25 a 1/30 de segundo, e se um objeto puder viajar mais rápido do que seu próprio tamanho em 1/30 de segundo, nosso olho não é capaz de vê-lo.
O primeiro tipo de invisibilidade que o senhor citou parece ser muito comum quando UFOs não são vistos, mas registrados em fotos e filmes.Sim, mas é muito difícil comprovar isso, pois não há evidência de que havia de fato um objeto ali. Deve-se proceder a uma análise criteriosa no material fotográfico. Já o segundo caso podemos investigar com mais facilidade — e houve um assim em Gulf Breeze, em 1994, quando descobrimos a existência de um poderoso campo eletromagnético associado a um avistamento. Uma senhora estava dirigindo para casa quando avistou um disco voador atrás de sua residência, que desapareceu em um segundo. Na manhã seguinte ela contou ao marido o que tinha visto e ele pegou seu medidor de campo eletromagnético e foi verificar o local. Eu analisei as medições de seu aparelho e comprovei que havia um enorme campo magnético na área onde o artefato foi visto. Uns amigos de um laboratório da Marinha, que analisaram as medições a meu pedido, disseram que o campo magnético tinha o tamanho de um navio destróier — mais de 20 m de largura por 70 m de comprimento. Eles foram visitar o local no dia seguinte ao avistamento e detectaram o forte campo. Entretanto, retornaram dois dias depois e já não havia mais nada lá. Como não se podem magnetizar árvores ou terra, eu pergunto o que estava criando aquele fantástico campo magnético? Esse poderia ser um caso real de invisibilidade de um UFO? Talvez os Klingons, de Jornada nas Estrelas, tenham um aparelho que possa se camuflar assim [Rindo].
Nunca se sabe... Bem, temos visto recentemente vários países liberarem documentos sigilosos sobre UFOs, alguns sob força da lei, outros voluntariamente, como o governo britânico e o brasileiro. Mas os Estados Unidos ficaram para trás nessa questão, apesar de terem liberado alguns arquivos décadas atrás. O senhor acha que o seu governo não tem mais interesse em revelar o que sabe? Como você disse, os Estados Unidos foram pioneiros na liberação desses documentos, que ocorre desde os anos 60. Por exemplo, os arquivos do Projeto Blue Book, realizado na década de 50, eram secretos e foram liberados juntamente com documentos do Departamento de Investigações Especiais da Força Aérea Norte-Americana (USAF). Mas eram documentos secretos, não ultrassecretos, e estes continuam sendo mantidos em segredo. No final dos anos 80, uma enorme quantidade de material foi aberto ao público, inclusive documentos da Guarda Costeira, da Marinha e da Agência de Segurança Nacional (NSA), e em 1977 o FBI liberou mais de 1.600 páginas de documentos, como já tratamos. Portanto, os EUA ainda estão à frente das outras nações nessa questão.
É curioso, mas parece que o interesse de nossos visitantes muda de acordo com a década. O senhor também acha isso? Sim, parece mesmo. Nos anos 50 tínhamos muitos relatos de UFOs sobre locais onde se desenvolveram bombas atômicas, tais como a Base Aérea de Cannon e o Laboratório Nacional Sandia, no Novo México, como também sobre Fort Hood, no Texas. Já nos anos 60, as estranhas luzes eram registradas sobre bases em que armas nucleares eram guardadas. Nos anos 70, o interesse de nossos visitantes se voltou para locais de lançamentos de foguetes. E nos anos 80 e 90 houve muitas manifestações ufológicas sobre bases secretas e instalações militares em geral. O FBI chegou a ser acionado para investigar alguns casos, pois se pensava que poderiam ser aeronaves espiãs.
Certo. Alguns pesquisadores dizem que os UFOs têm a capacidade de se tornar invisíveis aos olhos humanos. O que o senhor acha disso? Depende do que você considera invisibilidade. Para mim, a verdadeira invisibilidade seria o objeto estar na sua frente, mas você não conseguir vê-lo. Enxergaria tudo atrás dele, mas não ele, como se não existisse. Outro tipo de invisibilidade seria a impossibilidade de sua visão captar algo, como, por exemplo, a aceleração de um artefato. Você vê um objeto no céu que de repente acelera e some totalmente de vista, tornando-se invisível. Note que o olho humano pisca a uma velocidade de 1/25 a 1/30 de segundo, e se um objeto puder viajar mais rápido do que seu próprio tamanho em 1/30 de segundo, nosso olho não é capaz de vê-lo.
O primeiro tipo de invisibilidade que o senhor citou parece ser muito comum quando UFOs não são vistos, mas registrados em fotos e filmes.Sim, mas é muito difícil comprovar isso, pois não há evidência de que havia de fato um objeto ali. Deve-se proceder a uma análise criteriosa no material fotográfico. Já o segundo caso podemos investigar com mais facilidade — e houve um assim em Gulf Breeze, em 1994, quando descobrimos a existência de um poderoso campo eletromagnético associado a um avistamento. Uma senhora estava dirigindo para casa quando avistou um disco voador atrás de sua residência, que desapareceu em um segundo. Na manhã seguinte ela contou ao marido o que tinha visto e ele pegou seu medidor de campo eletromagnético e foi verificar o local. Eu analisei as medições de seu aparelho e comprovei que havia um enorme campo magnético na área onde o artefato foi visto. Uns amigos de um laboratório da Marinha, que analisaram as medições a meu pedido, disseram que o campo magnético tinha o tamanho de um navio destróier — mais de 20 m de largura por 70 m de comprimento. Eles foram visitar o local no dia seguinte ao avistamento e detectaram o forte campo. Entretanto, retornaram dois dias depois e já não havia mais nada lá. Como não se podem magnetizar árvores ou terra, eu pergunto o que estava criando aquele fantástico campo magnético? Esse poderia ser um caso real de invisibilidade de um UFO? Talvez os Klingons, de Jornada nas Estrelas, tenham um aparelho que possa se camuflar assim [Rindo].
Nunca se sabe... Bem, temos visto recentemente vários países liberarem documentos sigilosos sobre UFOs, alguns sob força da lei, outros voluntariamente, como o governo britânico e o brasileiro. Mas os Estados Unidos ficaram para trás nessa questão, apesar de terem liberado alguns arquivos décadas atrás. O senhor acha que o seu governo não tem mais interesse em revelar o que sabe? Como você disse, os Estados Unidos foram pioneiros na liberação desses documentos, que ocorre desde os anos 60. Por exemplo, os arquivos do Projeto Blue Book, realizado na década de 50, eram secretos e foram liberados juntamente com documentos do Departamento de Investigações Especiais da Força Aérea Norte-Americana (USAF). Mas eram documentos secretos, não ultrassecretos, e estes continuam sendo mantidos em segredo. No final dos anos 80, uma enorme quantidade de material foi aberto ao público, inclusive documentos da Guarda Costeira, da Marinha e da Agência de Segurança Nacional (NSA), e em 1977 o FBI liberou mais de 1.600 páginas de documentos, como já tratamos. Portanto, os EUA ainda estão à frente das outras nações nessa questão.
Os Estados Unidos foram pioneiros na liberação de documentos ufológicos, que ocorre desde os anos 60. Por exemplo, os arquivos do Projeto Blue Book eram secretos e foram liberados juntamente com documentos do Departamento de Investigações Especiais da Força Aérea. Mas eram documentos secretos, não ultrassecretos, que continuam sendo mantidos em segredo.
Sim, mas isso tudo ocorreu no passado. O que vemos hoje é o governo norte-americano, bem como o britânico, publicando apenas documentos que já são de conhecimento público, isso é, que praticamente nada acrescentam. O que mais se ouve agora é que a França está divulgando seus segredos, que o Brasil está liberando documentos, que a Inglaterra e o Chile também promovem suas aberturas etc. Isso tudo é coisa nova, exceto um ou outro documento britânico mais antigo. Mas os Estados Unidos já liberaram tudo o que tinham há anos. Pelo menos, é o que eu acredito [Veja detalhes no DVD Destino Terra 2, código DVD-047 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: www.ufo.com.br].
Tenho que discordar do senhor, e o faço baseado no que disse há pouco, que o governo norte-americano revelou documentos secretos, mas não os ultrassecretos. Ora, se é assim, então os Estados Unidos não liberaram tudo. Bem, coloquemos nesses termos: o que não foi revelado até agora, não será revelado nunca. Por isso enfatizei que os documentos já liberados eram secretos, e não ultrassecretos — justamente os mais importantes. Provavelmente eles só serão conhecidos no dia em que se confirmar a existência dos UFOs de maneira definitiva, talvez quando houver algo de grandes proporções e não mais passível de acobertamento. Quando toda a população souber a verdade, aí os agentes do governo vão aparecer e dizer: “Ah, nós sabíamos disso o tempo todo, apenas não podíamos dizer a ninguém”.
Já que estamos falando de acobertamento ufológico, um de seus principais objetivos é esconder da população casos de quedas de UFOs, como Roswell, Kecksburg, Aztec e Shag Harbour, só para ficarmos com alguns exemplos. Esses acidentes seriam a prova de que precisamos da materialidade do Fenômeno UFO? E a questão do resgate de corpos alienígenas nessas quedas? Sim, se tivéssemos os destroços de um UFO, eles seriam a prova definitiva e inquestionável. Já quanto a resgates de corpos de ocupantes, a coisa é mais complicada. A Força Aérea tentou de tudo para desacreditar os relatos de pessoas que afirmavam ter visto corpos de ETs provenientes da queda do UFO em Roswell, em 1947. Entre as “explicações” estava a teoria de que se tratava do acidente com um balão do tipo Mogul, de testes, que carregava bonecos semelhantes a humanos — e que era isso que as pessoas tinham visto. A Força Aérea tentou desmoralizar as testemunhas, inclusive militares, que afirmaram ter visto corpos de ETs em caixões após as operações de resgate em Roswell. Mas a explicação dada é tão ridícula que chega a ser cômica. O fato é que, além dos destroços da nave que lá se acidentou, corpos foram retirados do local.
Tenho que discordar do senhor, e o faço baseado no que disse há pouco, que o governo norte-americano revelou documentos secretos, mas não os ultrassecretos. Ora, se é assim, então os Estados Unidos não liberaram tudo. Bem, coloquemos nesses termos: o que não foi revelado até agora, não será revelado nunca. Por isso enfatizei que os documentos já liberados eram secretos, e não ultrassecretos — justamente os mais importantes. Provavelmente eles só serão conhecidos no dia em que se confirmar a existência dos UFOs de maneira definitiva, talvez quando houver algo de grandes proporções e não mais passível de acobertamento. Quando toda a população souber a verdade, aí os agentes do governo vão aparecer e dizer: “Ah, nós sabíamos disso o tempo todo, apenas não podíamos dizer a ninguém”.
Já que estamos falando de acobertamento ufológico, um de seus principais objetivos é esconder da população casos de quedas de UFOs, como Roswell, Kecksburg, Aztec e Shag Harbour, só para ficarmos com alguns exemplos. Esses acidentes seriam a prova de que precisamos da materialidade do Fenômeno UFO? E a questão do resgate de corpos alienígenas nessas quedas? Sim, se tivéssemos os destroços de um UFO, eles seriam a prova definitiva e inquestionável. Já quanto a resgates de corpos de ocupantes, a coisa é mais complicada. A Força Aérea tentou de tudo para desacreditar os relatos de pessoas que afirmavam ter visto corpos de ETs provenientes da queda do UFO em Roswell, em 1947. Entre as “explicações” estava a teoria de que se tratava do acidente com um balão do tipo Mogul, de testes, que carregava bonecos semelhantes a humanos — e que era isso que as pessoas tinham visto. A Força Aérea tentou desmoralizar as testemunhas, inclusive militares, que afirmaram ter visto corpos de ETs em caixões após as operações de resgate em Roswell. Mas a explicação dada é tão ridícula que chega a ser cômica. O fato é que, além dos destroços da nave que lá se acidentou, corpos foram retirados do local.
crédito: UFO photo archives
O objeto filmado por uma equipe de TV australiana sobre a Nova Zelândia na noite de 30 para 31 de dezembro de 1978
O que falta para o Caso Roswell ter todas as suas lacunas preenchidas? O mais frustrante a respeito de Roswell é que nós sabemos que existem respostas para todas as perguntas que são feitas, mas nos faltam as provas materiais, físicas, para apoiar tais respostas. Essa é a principal razão de eu ter me afastado das investigações sobre o episódio. Para completar o que eu disse há pouco, quando a existência dos UFOs estiver inquestionavelmente comprovada, o governo aparecerá e dirá: “Aqui estão os corpos dos alienígenas resgatados em Roswell, mas não podíamos mostrá-los antes”. Ou então: “Sim, nós mantivemos contato e comunicação com esses seres, e tínhamos até acordos com eles, mas não podíamos revelar isso a vocês”. E outras coisas do tipo...
Acredita-se que houve mais de uma queda de UFO em Roswell, e alguns pesquisadores dizem até que três naves se acidentaram lá. Já foram levantadas até hipóteses para a provável causa dos acidentes, sendo a mais plausível a de que sistemas de radar teriam interferido no mecanismo de propulsão das naves. O senhor sabe alguma coisa sobre isso? Já li algo a respeito, e realmente naquela época estávamos testando um sistema de radar muito poderoso. Mas não acredito que ele tenha sido usado para derrubar as naves propositalmente — até porque, não sabíamos o que eram aqueles veículos e muito menos se os radares teriam algum efeito sobre eles. Se houve alguma interferência no sistema de voo dos UFOs, isso ocorreu ao acaso.
Perfeito. Como analista de imagens de UFOs, o que nos diz sobre o crescente número de fraudes que surgem hoje, principalmente na internet? Muitos desses vídeos já foram desmascarados, mas a tecnologia atual parece permitir montagens cada vez mais bem elaboradas?Certamente está muito mais fácil criar vídeos e fotos hoje, principalmente com essas novas câmeras e aplicativos cada vez mais fantásticos. Mas, por outro lado, as técnicas para detectar tais embustes também estão cada vez mais avançadas. As melhores fotos e filmes que existem são aqueles em que há testemunhas corroborando a observação — não casos de registros apenas nas imagens, sem que ninguém tenha visto qualquer coisa. E aqui vai um conselho para quem trabalha com análise de imagens: os investigadores têm que tomar muito cuidado com o que divulgam, se não quiserem ter sua reputação prejudicada por afirmar ser verdade um embuste.
Entre as fraudes mais bem elaboradas que tivemos está um vídeo apresentado pelo pesquisador mexicano Jaime Maussán [Correspondente internacional da Revista UFO] em que um UFO aparece sobre um prédio e se move lentamente ao seu redor. A filmagem causou um tsunami na Ufologia Mundial, mas o senhor foi o primeiro a afirmar que era fraude.Sim, lembro-me bem desse fato, pois quase fui queimado na fogueira da inquisição ufológica ao dizer que era falso. Aquilo ocorreu no início das fraudes cibernéticas — e era um filme muito interessante. Mas uma informação que consiste apenas em uma foto ou um vídeo divulgado de forma anônima, ou por pessoas que não queiram nem mesmo ser entrevistadas por um pesquisador, deve ser tratada com muita suspeita. Isso ocorreu no caso mexicano, em que nenhuma testemunha apareceu para dizer que fez aquela filmagem. Ela foi entregue anonimamente a Maussán, juntamente com uma carta que dizia que a pessoa que tinha filmado o objeto preferia manter anonimato, pois estava trabalhando ilegalmente no México e tinha medo de ser deportada. Não colou.
Como as análises daquela impactante filmagem foram realizadas? Pois bem, eu e Jeff Sainio, especialista em imagens da MUFON, passamos muito tempo analisando o vídeo, que começava com um objeto sobre um prédio, girando e balançando de forma irregular. Depois ele passou a se mover e foi para trás do edifício, uma manobra em que se pretendeu dar alguma credibilidade ao material. Sainio então começou a fazer análises da dinâmica do artefato utilizando o prédio como ponto de referência, e descobriu que as imagens do edifício estavam muito paradas em relação ao movimento do objeto. Resumidamente, isso foi o que nos levou à conclusão de que a filmagem era uma fraude.
Acredita-se que houve mais de uma queda de UFO em Roswell, e alguns pesquisadores dizem até que três naves se acidentaram lá. Já foram levantadas até hipóteses para a provável causa dos acidentes, sendo a mais plausível a de que sistemas de radar teriam interferido no mecanismo de propulsão das naves. O senhor sabe alguma coisa sobre isso? Já li algo a respeito, e realmente naquela época estávamos testando um sistema de radar muito poderoso. Mas não acredito que ele tenha sido usado para derrubar as naves propositalmente — até porque, não sabíamos o que eram aqueles veículos e muito menos se os radares teriam algum efeito sobre eles. Se houve alguma interferência no sistema de voo dos UFOs, isso ocorreu ao acaso.
Perfeito. Como analista de imagens de UFOs, o que nos diz sobre o crescente número de fraudes que surgem hoje, principalmente na internet? Muitos desses vídeos já foram desmascarados, mas a tecnologia atual parece permitir montagens cada vez mais bem elaboradas?Certamente está muito mais fácil criar vídeos e fotos hoje, principalmente com essas novas câmeras e aplicativos cada vez mais fantásticos. Mas, por outro lado, as técnicas para detectar tais embustes também estão cada vez mais avançadas. As melhores fotos e filmes que existem são aqueles em que há testemunhas corroborando a observação — não casos de registros apenas nas imagens, sem que ninguém tenha visto qualquer coisa. E aqui vai um conselho para quem trabalha com análise de imagens: os investigadores têm que tomar muito cuidado com o que divulgam, se não quiserem ter sua reputação prejudicada por afirmar ser verdade um embuste.
Entre as fraudes mais bem elaboradas que tivemos está um vídeo apresentado pelo pesquisador mexicano Jaime Maussán [Correspondente internacional da Revista UFO] em que um UFO aparece sobre um prédio e se move lentamente ao seu redor. A filmagem causou um tsunami na Ufologia Mundial, mas o senhor foi o primeiro a afirmar que era fraude.Sim, lembro-me bem desse fato, pois quase fui queimado na fogueira da inquisição ufológica ao dizer que era falso. Aquilo ocorreu no início das fraudes cibernéticas — e era um filme muito interessante. Mas uma informação que consiste apenas em uma foto ou um vídeo divulgado de forma anônima, ou por pessoas que não queiram nem mesmo ser entrevistadas por um pesquisador, deve ser tratada com muita suspeita. Isso ocorreu no caso mexicano, em que nenhuma testemunha apareceu para dizer que fez aquela filmagem. Ela foi entregue anonimamente a Maussán, juntamente com uma carta que dizia que a pessoa que tinha filmado o objeto preferia manter anonimato, pois estava trabalhando ilegalmente no México e tinha medo de ser deportada. Não colou.
Como as análises daquela impactante filmagem foram realizadas? Pois bem, eu e Jeff Sainio, especialista em imagens da MUFON, passamos muito tempo analisando o vídeo, que começava com um objeto sobre um prédio, girando e balançando de forma irregular. Depois ele passou a se mover e foi para trás do edifício, uma manobra em que se pretendeu dar alguma credibilidade ao material. Sainio então começou a fazer análises da dinâmica do artefato utilizando o prédio como ponto de referência, e descobriu que as imagens do edifício estavam muito paradas em relação ao movimento do objeto. Resumidamente, isso foi o que nos levou à conclusão de que a filmagem era uma fraude.
Poucos registros convincentes
Alguns estudiosos afirmam que os UFOs diminuíram sua manifestação e até que sumiram dos céus, e que embora haja mais pessoas em todo o mundo portando câmeras, há poucos registros convincentes na atualidade. O que senhor acha? Realmente, mais pessoas carregam consigo câmeras fotográficas nos dias de hoje, até porque a maioria dos celulares produzidos agora tem esses dispositivos. Embora não se possa saber quantos UFOs estejam aparecendo nos últimos tempos, muita gente tem filmado coisas estranhas no céu — claro que a maioria não são discos voadores, mas qualquer outra coisa. As pessoas nos enviam fotos e filmes e temos um trabalho enorme para analisá-los, especialmente se obtidos com celulares, pois são os menos nítidos e sua análise requer um esforço extra — nesse exato momento tenho duas fotos feitas com celulares sendo avaliadas.
Infelizmente não analisei as fotos de Baraúna, mas sempre afirmei que eram verdadeiras devido às informações disponíveis sobre o caso (...) Eu vi as contestações de céticos em listas de debate de Ufologia, mas mantenho inalterada a minha posição. Com a minha experiência, posso afirmar que, para Baraúna ter forjado as fotos como os críticos alegam, ele teria que ser um gênio.
Quais são as maiores dificuldades envolvidas no processo de análise dessas imagens? Bem, entre outras, perde-se muito tempo examinando uma imagem de baixa resolução, e geralmente não se consegue chegar a um resultado conclusivo com elas. As pessoas fotografam um prédio, uma montanha, árvores e de repente aparece um ponto na imagem, que pode ser praticamente qualquer coisa: um pássaro, um inseto, um fio, um balão etc — até mesmo uma nave extraterrestre.
Quantos megapixels uma câmera ou celular deve ter para se tirar uma boa foto de um disco voador? É difícil responder, porque mesmo com uma câmera de 10 megapixels ou um modelo profissional mais potente as imagens podem não resultar boas. Mas, claro, se uma imagem tiver 10, 20, 50 ou 100 megapixels, ela tende a ser cada vez melhor. De qualquer forma, é preciso que os fotógrafos prestem grande atenção nas imagens que têm, que podem conter algo inusitado e até mesmo um UFO, e nos enviem para podermos analisar.
Há hoje uma polêmica muito grande — embora artificialmente criada por grupos céticos — em torno das fotos de Almiro Baraúna, feitas durante o Caso Ilha de Trindade, em 1958. O senhor analisou as imagens? O que acha delas? Infelizmente não analisei as fotos de Baraúna, mas sempre afirmei que eram verdadeiras devido às informações disponíveis sobre o caso, como, por exemplo, o fato de o capitão do navio Almirante Saldanha tê-lo visto revelar as fotos logo após o avistamento, ali mesmo na embarcação. Se isso realmente aconteceu, não há possibilidade de fraude. É claro que, por haver outras testemunhas, o episódio ganha mais credibilidade. Eu vi as contestações de céticos em listas de debate de Ufologia, que afirmam que tudo não passou de uma grande brincadeira de Baraúna, mas mantenho inalterada a minha posição. Com a minha experiência, posso afirmar que, para Baraúna ter forjado as fotos como os céticos alegam, ele teria que ser um gênio — a ponto de nem mesmo a Marinha Brasileira descobrir o truque.
Os céticos chegam a ponto de afirmar que o UFO na foto foi feito com duas fichas sobrepostas, fotografadas e depois inseridas por dupla exposição sobre a paisagem que Baraúna teria registrado antes na ilha. Com isso o caso foi posto em xeque. Como já disse, o testemunho é parte primordial de uma investigação, e nesse caso temos testemunhas primárias do caso, que avistaram o objeto e participaram diretamente do evento. Além de testemunhas que chamo de secundárias, que são aquelas que ouviram a história das primárias ou que viram as fotos, embora não tenham participado diretamente do avistamento. No Caso Ilha de Trindade havia várias testemunhas primárias no deck do navio, e todas contam a mesma história.
Quantos megapixels uma câmera ou celular deve ter para se tirar uma boa foto de um disco voador? É difícil responder, porque mesmo com uma câmera de 10 megapixels ou um modelo profissional mais potente as imagens podem não resultar boas. Mas, claro, se uma imagem tiver 10, 20, 50 ou 100 megapixels, ela tende a ser cada vez melhor. De qualquer forma, é preciso que os fotógrafos prestem grande atenção nas imagens que têm, que podem conter algo inusitado e até mesmo um UFO, e nos enviem para podermos analisar.
Há hoje uma polêmica muito grande — embora artificialmente criada por grupos céticos — em torno das fotos de Almiro Baraúna, feitas durante o Caso Ilha de Trindade, em 1958. O senhor analisou as imagens? O que acha delas? Infelizmente não analisei as fotos de Baraúna, mas sempre afirmei que eram verdadeiras devido às informações disponíveis sobre o caso, como, por exemplo, o fato de o capitão do navio Almirante Saldanha tê-lo visto revelar as fotos logo após o avistamento, ali mesmo na embarcação. Se isso realmente aconteceu, não há possibilidade de fraude. É claro que, por haver outras testemunhas, o episódio ganha mais credibilidade. Eu vi as contestações de céticos em listas de debate de Ufologia, que afirmam que tudo não passou de uma grande brincadeira de Baraúna, mas mantenho inalterada a minha posição. Com a minha experiência, posso afirmar que, para Baraúna ter forjado as fotos como os céticos alegam, ele teria que ser um gênio — a ponto de nem mesmo a Marinha Brasileira descobrir o truque.
Os céticos chegam a ponto de afirmar que o UFO na foto foi feito com duas fichas sobrepostas, fotografadas e depois inseridas por dupla exposição sobre a paisagem que Baraúna teria registrado antes na ilha. Com isso o caso foi posto em xeque. Como já disse, o testemunho é parte primordial de uma investigação, e nesse caso temos testemunhas primárias do caso, que avistaram o objeto e participaram diretamente do evento. Além de testemunhas que chamo de secundárias, que são aquelas que ouviram a história das primárias ou que viram as fotos, embora não tenham participado diretamente do avistamento. No Caso Ilha de Trindade havia várias testemunhas primárias no deck do navio, e todas contam a mesma história.
O ufólogo Marco A. Petit, coeditor da Revista UFO e maior especialista no Caso Ilha de Trindade, entrevistou pessoalmente Almiro Baraúna e disse que ouviu dele a história várias vezes. “Olhei nos seus olhos e ele não estava mentindo”, declarou Petit. É isso mesmo. E aí eu pergunto: os céticos que hoje tentam derrubar o episódio taxando-o de fraude estiveram algum dia com Baraúna, frente a frente? Não, não estiveram. E assim, acho que não preciso dizer mais nada.
Fonte: Revista UFO