Vários moradores no Bairro Pinheiro, da cidade paulista de Pirassununga, assistiram, no dia 5 de fevereiro de 1969, às 7h30m, a um espetáculo impar e emocionante: Um objeto luminoso desceu do céu, a uns 600 metros de distancia, no mato. Quem viu a luz primeiro foi Dna. Maria dos Santos:
"- Ele fazia movimentos de subida e descida, a pouco mais de meio metro acima do chão".
Tiago Machado, 19 anos, vizinho de Dna. Maria pensou que fosse um pára-quedas azul, luminoso, "de um brilho total". Os outros disseram que era um disco voador. E, talvez com receio, ninguém quis acompanhar Tiago na busca ao objeto. Este se muniu de um binóculo a tiracolo e seguiu, mato adentro, sempre guiado pelos gritos dos observadores distantes que, de onde estavam, tinham melhor visão.
Já bem adiante, Tiago resolveu pedir ajuda ao seu amigo Francisco Henser, que morava por ali, dentro do terreno do Instituto Zootécnico. Seguiram os dois pelo mato, um pela parte baixa, outro pela parte de cima.
FRENTE A FRENTE COM O DISCO
Em virtude de a vegetação ser espessa e alta, Tiago só viu o objeto quando já estava a apenas 10 metros de distancia, mesmo assim, só percebeu uma estrutura arredondada, metálica, com 1,5 metro de altura, pousado num tripé. Afastando ramos, procurou melhor posição e ficou observando. Quase imediatamente, abriu-se uma portinhola no aparelho e por ela saíram, flutuando, dois tripulantes, um de cada vez, baixando suavemente até o solo. Porém dentro da nave, ele distinguiu mais do observando-o através de uma espécie de pára-brisa.
Eram homens pequenos. Teriam 1,5m de altura. Usavam roupa colante, aluminizada, que cobria todo o corpo, dos pés à cabeça. Na altura do rosto havia um visor transparente. O rosto tinha pele lisa, amarelada, com uma cicatriz em cada bochecha. O olho esquerdo ficava em nível mais alto do que o direito. Lábios finos, nariz achatado, olhos amarelo-escuro, sem pupila e sem esclerótica. Duas rugas paralelas acima dos olhos sem cílios nem pálpebras. O queixo dava a impressão de "estar fugindo para trás...”,
Os dois tripulantes deram 3 passos à frente e o garoto deu um, ficando, assim, a uns 8 metros, frente a frente, quando entabularam "conversação". Eles emitiram sons graves, guturais e roucos, que pareciam sair de uma "tromba" que se movimentava na parte inferior da "máscara" de cada um, ao falar.
Quando Tiago perguntou-lhes, em português, como teriam chegado ali, um deles fez gestos de movimentos rotativos com as palmas das mãos apostas, formando um círculo com os dois braços que, em seguida levantou e abaixou virias vezes. Nesse momento, o rapaz tirou um cigarro do maço que estava no bolso da camisa e o acendeu, o que foi observado com grande atenção pelos quatro seres, que se entreolharam e trocaram algumas palavras quando Tiago tirou as primeiras baforadas. Então, o jovem mais calmo, pegou o maço que ainda continha 14 cigarros, e o jogou para eles. Um deles, sem desviar os olhos do garoto, apanhou-o, inclinando-se com alguma dificuldade. Quando a mão que o homenzinho estendeu chegou a uns 10 centímetros do maço, este se elevou sozinho e aderiu a ela. Em seguida o tripulante encostou a mão com os cigarros ao próprio corpo e, como num passe de mágica, o maço desapareceu. Os dois pigmeus riram, mostrando seus dentes enegrecidos e "diferentes", pois os inferiores se encaixavam em falhas nos superiores e vive-versa.
ALARMADOS
Depois do episódio dos cigarros, os dois, mais confiantes, adiantaram um passo, o mesmo fazendo Tiago, que pensou que eles queriam convidá-lo para uma viagem no disco voador. Assim, para deixar um comprovante, o jovem tirou o binóculo que trazia e tiracolo, colocando-o no chão. Alarmados, os pilotos recuaram 4 passos. Vendo isso, Tiago recolocou o binóculo no pescoço, após o que os dois se aproximaram novamente.
Procurando fazer-se entender, os cosmonautas falaram e gesticularam cerca de 15 minutos,até que ouvindo o grito de Francisco chamando pelo nosso amigo, recuaram lentamente, sempre de costas para o Disco. Deram um pulinho, elevaram-se no ar e entraram na cosmonave, um depois do outro. O último, com o busto ainda do lado de fora, apontou um instrumento na direção do jovem e lançou uma chama azul, que o atingiu na coxa direita, onde sentiu logo um "formigamento", seguido de endurecimento de todo o corpo. Ainda pode ver a janelinha fechar-se e a nave ergue-se uns 2 metros do solo, silenciosamente, seguindo para o "lado do Morais". Foi então que caiu e perdeu os sentidos. Ao recuperar a consciência, uma hora depois da Santa Casa, ainda sentia um pouco de dor na coxa, mas disse que estava bem ao médico que o foi atender. Este, segundo declaração de Tiago, não o examinou, apenas olhou-o, dispensando-o imediatamente.
No local da aterrissagem, a vegetação estava amassada num circulo de quatro metros de diâmetro e, dentro desta área, 3 buracos, correspondendo às conchas nas quais se apoiavam as pernas do tripé.
Tiago nesse dia ingeriu de 3 a 4 litros de água e dormiu muito. Nos primeiros dias seguintes ainda tomou água em abundância.
TESTEMUNHOS ADICIONAIS
O MEDICO - O Dr. Henrique Reis, em entrevista que concedeu a SBEDV no dia 19 de maio de 1973, declarou, por sua vez, que, no mesmo dia da ocorrência, examinou Tiago Machado, dos pés a cabeça, na Santa Casa, durante uma hora, não encontrando nada de objetivo na perna ou no corpo. Achou normais o pulso, a pressão e a respiração. Notou apenas que o rapaz estava com o corpo todo duro e piscava muito, o que interpretou como pitiatismo (designação genérica das manifestações histéricas devidas a sugestão e suscetíveis de desaparecer pela contra-sugestão ou persuasão). Acrescentou ainda que, a posteriori, acha realmente que teria havido algum episodio com Tiago ligado a discos voadores, mas acha também que o jovem se comportara como vedete, embora admita ser o histerismo muito mais raro no homem do que no sexo feminino.
A VIZINHA - A Sra. Maria dos Santos, vizinha de Dna. Maria Machado Metzler, mãe de Tiago (mora na Travessa nº 9 da Rua Alzira Silveira Pinheiro, nº 299) também tem a sua história para contar.
Naquele dia 6 de fevereiro, às 8h30, estava "aprontando" seu filho para ir à escola, olhando para fora, viu, no mato do Instituto Zootécnico de Indústria e Pecuária, do outro lado do vale do bairro Pinheiro, um objeto muito reluzente, no formato de uma bacia emborcada, subindo e descendo, numa altura de 2 a 3 metros do chão alguns minutos. Viu quando Tiago entrou no IZIP á procura do objeto.
Uns 30 ou 40 minutos depois, chegou um menino, correndo, esbaforido, para dizer à mãe do rapaz que ele estava morrendo lá no mato. Dna. Maria dos Santos e outra vizinha, Ana Maria Creonice, acompanharam a Sra. Maria Machado mato a dentro, seguindo o garoto, e lá adiante encontrara Tiago caído ao chão, de olhos abertos, mas "todo abobalhado", pálido, suando copiosamente e repetindo sem parar:
- Água, água, água...
Não se agüentando em pé, foi arrastado pelas três senhoras para a casa mais próxima, do Sr. Francisco Hanse. Como ele começou a balbuciar palavras referentes a ferimento na coxa, Dna. Maria do Santos rasgou suas calças na perna direita onde constatou um vergão esbranquiçado, como se fosse produzido por uma chibatada.
Avisada a Policia, esta mandou dois elementos que levaram o jovem para a Santa Casa.
Ali - disse D. Maria - o Dr.Henrique Reis, que deveria examinar o acidentado, vendo as roupas rasgadas de Tiago, teve uma impressão errônea e o mandou embora.
Às 17 horas daquele dia, o pessoal da Escola de Aperfeiçoamento de Aeronáutica, sediada na Base de Pirassununga, chegou à casa de Dna. Maria Metzler, fazendo perguntas e desenhos de acordo com as indicações da própria vitima. Saíram logo depois e voltaram, por volta das 18 horas, com o Dr. Henrique do Reis que, sozinho no quarto com Tiago, submeteu-o a exame. Note que esses não eram simples militares, e sim membros do SIOANI, um órgão que na época a FAB possuia para investigação de OVNIs.
Dna. Maria Santos acrescentou que, tanto ela como outras duas vizinhas que acudiram o rapaz passaram 3 dias consecutivos sem se alimentarem, bebendo água apenas, nervosas e com insônia.
Nota: Resumo da pesquisa realizada pela SBEDV, Nigel Rimes, W. Wirz, ja publicada nos Boletim SBEDV. |
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